Minha militância

Busco estabelecer um balanço de minhas atividades de militância, ou mesmo, limitância, política, mas tá difícil de o encontrar. Sem um instituto de pesquisa, ou a uma mera metodologia pre-estabelecida, e com o processo eleitoral rumo à sua culminância nos próximos 11 dias, a única certeza que me move é que não tem sido em vão.

Conheci verdades absolutas e obsoletas de ambos os lado: fé, convicções, ideologias, profecias, simpatias e antipatias formam um rico cardápio que ainda levarei tempo para deglutir, e para assim, devolver tudo à benfazeja natureza.

Nessa trajetória, até aqui, conheci ações e reações apaixonadas nos grupos sociais e não digo que não tenha criado situações embaraçosas ou perdido amizades, postas à prova nessas ocasiões. Mas é parte do jogo democrático, e do democrítico, e o caráter se forja melhor quando batido a ferro quente, quando extraído do caldeirão das adversidades.

Até o presente não pude registrar um único caso de conversão a favor de minhas percepções, ou que eu próprio tenha cedido à argumentação alheia, ainda que embasada na mais genuína crença.

Pelo país afora vimos, infelizmente, casos de histeria e acirramento de tensões que culminaram no desforço moral e físico. E mesmo com o país dividido, vai chegando a hora de pensar num governo para todos.

Paulo Miranda
Enviado por Paulo Miranda em 16/10/2018
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