Quem é Fernando Haddad?

Lendo o artigo “VIVI NA PELE O QUE APRENDI NOS LIVROS”, publicado na Revista Piauí da Folha de São Paulo, em junho de 2017, temos a impressão que Fernando Haddad é um homem preocupado com o bem estar da Sociedade que teve sua administração na Prefeitura de São Paulo sabotada por adversários políticos e que é um injustiçado. Ele até faz críticas ao PT, atitude incomum entre os da Esquerda, que não têm humildade para reconhecer os próprios erros.

Supondo que isso fosse verdade, que ele foi sabotado, e que por isso ele não pôde demonstrar toda sua capacidade administrativa, o que poderíamos esperar de um eventual Fernando Haddad Presidente da República?

Para tentarmos responder essa pergunta, vejamos o que o candidato disse a respeito de si mesmo em outras ocasiões.

Em fevereiro de 2012 ele deu uma entrevista para a revista Época:

“ÉPOCA – O senhor escreveu um livro chamado Em defesa do socialismo. O que é ser socialista?

Haddad – Eu sou um socialista. O socialismo, em minha opinião, tem dois compromissos importantes. O primeiro é a recusa de toda experiência autoritária em nome da igualdade. Entrei no movimento estudantil numa quadra histórica em que ainda havia forte presença de stalinistas e trotskistas. E nunca militei nessas organizações, justamente em virtude do viés autoritário. Então, sou de linhagem mais frankfurtiana, por assim dizer.”

Também em fevereiro de 2012 ele deu uma entrevista para o jornal O Estado de São Paulo:

“A influência de Marx em sua obra é muito evidente. O sr. o chega a chamá-lo de “teórico genial”. Marx continua atual?

Do ponto de vista do pensamento brasileiro, havia uma tradição que dialogava muito com a perspectiva marxista, que tem o Caio Prado, Fernando Novaes, Fernando Henrique Cardoso. Depois pensadores que não eram marxistas, mas que dialogavam com a tradição da esquerda radical, como por exemplo Antonio Cândido, Luis Felipe de Alencastro, Chico de Oliveira, Paulo Arantes.

O sr. se encaixa onde?

Estou falando de pessoas que influenciaram a minha formação. Todos esses, marxistas ou não, esquerdistas radicais, por assim dizer, moldaram a minha formação. Não escreveria essa interpretação do que foi o modelo soviético sem a inspiração desses autores. Evidente que o Marx é a inspiração longínqua, mais moderna. E não é mais possível falar em marxismo, são marxismos. Eu me filio à tradição de Frankfurt, que tem no Adorno e no Marcuse as expressões mais vistosas.”.

Quando ele disse que segue o pensamento da Escola de Frankfurt e de Adorno e Marcuse, não é a mesma coisa de dizer “estou com fome, mas vou lanchar daqui à pouco e isso passa”.

O indivíduo Fernando Haddad é o produto dos conceitos em que ele acredita.

Quem conhece pelo menos um pouco da Escola de Frankfurt, Theodor W. Adorno e Herbert Marcuse, sabe do que estou falando.

Quem não conhece, certamente já ouviu falar de politicamente correto, ideologia de gênero, anti religiosidade, descriminalização do aborto, contra cultura, “sexo, drogas e rock'n roll” e outras atitudes que têm incomodado muito as Sociedades nas últimas décadas..

Os integrantes da Escola de Frankfurt cismaram que a Humanidade estava sofrendo de “profundo mal-estar” decorrente da influência do Capitalismo e precisava se libertar dessa condição, evidentemente pendendo para o lado do Socialismo, que tornaria os homens verdadeiramente livres e felizes.

Esse é o verdadeiro homem que poderá assumir a Presidência da República e não o simpático professor universitário de fala mansa e que nunca perde a calma.

De tão manso que é, aparentemente se deixou dominar por um ser megalomaníaco ávido por poder e que quer dominar o mundo.

Mas, fica a pergunta: quem está usando quem?

Argonio de Alexandria
Enviado por Argonio de Alexandria em 16/10/2018
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