CASAS DE MADEIRA
O meu grande amigo Dartagnan Ferraz, comentando uma de minhas crônicas, referindo-se às casas de madeira (tão comuns aqui no Sul),indagava-me :
- Há cimento entre as paredes?
Confesso que achei engraçado e a resposta é não.Darta,estas construções eram feitas totalmente de madeira,e as paredes eram de tábuas,geralmente em pinheiro (araucária),cedro ou imbuia.
Atulamente ,devido a excassez de madeiras nobres e a legislação que as proteje com a proibição do corte,as casas de madeira deram lugar às construções em alvenaria.
Porém,na região,resistem ao tempo milhares daquelas casas onde a madeira dava o tom.
Dei uma revirada em meu baú (tenho mais de 8000 fotos em arquivos) e selecionei alguma coisa para sua apreciação.
Talvez o amigo ache enfadonho o grand e número de fotos que selecionei,mas se der uma olhada nas primeiras,já está de bom tamanho rsrs...
Esta casa,com 137 anos (segundo declaração do proprietário) foi passando de geração em geração.Seus bisavós,de origem polonesa,a adquiriram de terceiros,passando depois para os seus avós,seus pais e agora lhe pertencendo.
À frente foi construída uma bela e moderna residência em alvenaria mas preservou-se a casa centenária como patrimonio histórico de família.
Localizada em Riozinho de Baixo,na divisa entre os municipios de Irati e Rebouças ela, agora utilizada como celeiro de cereais,guarda a memória dos campos que perdem-se de vista diante de seu olhar de janela:
Nossa proxima parada é no bairro de Riozinho dos Anciutti.Distante uns 8 km de ond e moro,é um de meus locais preferidos em minhas "andanças e fotografanças!.
Aqui,o casarão onde viveu até bem pouco tempo o senhor Gaspar Valenga.
Falecido aos 90 anos,foi uma das figuras mais queridas dos iratienses.
Atuante e participativo na sociedade,exerceu durante a vida tôda a função de ferreiro.
Aos setenta e tantos anos de idade,dado à proximidade de sua residência com a Universidade,passou a frequentar a UATI (Universidade aberta da terceira idade),o que lhe rendeu a publicação de tres livros de sua autoria.
De uma memória invejável,declamava longos poemas que sensibilizavam suas platéias.
Esta é a casa onde viveu:
Com mais de cem anos,esta casa pertencera ao senhor Trajano Grácia,uma das figuras mais influentes durante o ciclo da madeira.
Aqui é o telhado e o sótão,vistos ao fundo.
Um pouco adiante,o senhor Trajano Grácia havia costruído um ramal ferroviário,especialmente para o transporte das madeiras que produzia.Segundo o senhor Gaspar,era destas janelinhas ao alto,que ele-o madeireiro- dava uma "espiada" no desempenho dos empregados durante o carregamento dos vagões.
À mim, cada vez que cruzo por ali e deparo-me com este telhado envelhecido,vêm-me à memória os Terra Cambará e o cerco ao casarão,em "O tempo e o vento".
Esta edificação,na foto abaixo,foi o escritório da madeireira do senhor
Grácia.
Cuidadosamente reedificada (preservando todos os seus detalhes)no bosque da UNICENTRO (Universidade Estradual do Centro oeste paranaense),servindo de museu.
Nas proximas fotos,a varanda da casa de seu Gaspar (onde tive o privilégio de ouvi-lo em tôda a sua sabedoria,quando de minhas visitas,sempre regadas a café com bolo d e laranja.E,como não poderia faltar,resgatei uma foto do meu inesquecível amigo.
Na sequência,a casa onde residia o senhor Trajano Grácia e sua esposa dona Mariquinha Anciutti.
Preservadíssima,,serve agora de pensionato para moças estudantes da UNICENTRO.
Observe que estas casas,em sua maioria eram guarceçidas de lambrequins.
Lambrequins,é uma espécie de rendado,em madeira,feito artesanalmente usado para debruar os beiras e as cumeeiras das moradias.
Segundo um historiador aqui da região,os imigrantes - eslavos na maioria - faziam essa decoração para relembrar as camadas de gelo que s e formavam nos telhados de suas casas no inverno europeu.
Apesar do rigor de nossos invernos, não chegamos a tanto.Felizmente.
A partir daqui,uma seleção de casas em madeira,para seu deleite.
E para encerrar,eu que não poderia fugir à regra,moro em uma casa de madeira.As vezes penso em algo em alvenaria,mas o amor ao rancho em pinheiro e cedro,deixa-me pensativo.
A essa altura do campeonato,acho melhor continuar com o amor velho.
Eis aqui a saletinha que conhece meus segredos:
O meu grande amigo Dartagnan Ferraz, comentando uma de minhas crônicas, referindo-se às casas de madeira (tão comuns aqui no Sul),indagava-me :
- Há cimento entre as paredes?
Confesso que achei engraçado e a resposta é não.Darta,estas construções eram feitas totalmente de madeira,e as paredes eram de tábuas,geralmente em pinheiro (araucária),cedro ou imbuia.
Atulamente ,devido a excassez de madeiras nobres e a legislação que as proteje com a proibição do corte,as casas de madeira deram lugar às construções em alvenaria.
Porém,na região,resistem ao tempo milhares daquelas casas onde a madeira dava o tom.
Dei uma revirada em meu baú (tenho mais de 8000 fotos em arquivos) e selecionei alguma coisa para sua apreciação.
Talvez o amigo ache enfadonho o grand e número de fotos que selecionei,mas se der uma olhada nas primeiras,já está de bom tamanho rsrs...
Esta casa,com 137 anos (segundo declaração do proprietário) foi passando de geração em geração.Seus bisavós,de origem polonesa,a adquiriram de terceiros,passando depois para os seus avós,seus pais e agora lhe pertencendo.
À frente foi construída uma bela e moderna residência em alvenaria mas preservou-se a casa centenária como patrimonio histórico de família.
Localizada em Riozinho de Baixo,na divisa entre os municipios de Irati e Rebouças ela, agora utilizada como celeiro de cereais,guarda a memória dos campos que perdem-se de vista diante de seu olhar de janela:
Nossa proxima parada é no bairro de Riozinho dos Anciutti.Distante uns 8 km de ond e moro,é um de meus locais preferidos em minhas "andanças e fotografanças!.
Aqui,o casarão onde viveu até bem pouco tempo o senhor Gaspar Valenga.
Falecido aos 90 anos,foi uma das figuras mais queridas dos iratienses.
Atuante e participativo na sociedade,exerceu durante a vida tôda a função de ferreiro.
Aos setenta e tantos anos de idade,dado à proximidade de sua residência com a Universidade,passou a frequentar a UATI (Universidade aberta da terceira idade),o que lhe rendeu a publicação de tres livros de sua autoria.
De uma memória invejável,declamava longos poemas que sensibilizavam suas platéias.
Esta é a casa onde viveu:
Com mais de cem anos,esta casa pertencera ao senhor Trajano Grácia,uma das figuras mais influentes durante o ciclo da madeira.
Aqui é o telhado e o sótão,vistos ao fundo.
Um pouco adiante,o senhor Trajano Grácia havia costruído um ramal ferroviário,especialmente para o transporte das madeiras que produzia.Segundo o senhor Gaspar,era destas janelinhas ao alto,que ele-o madeireiro- dava uma "espiada" no desempenho dos empregados durante o carregamento dos vagões.
À mim, cada vez que cruzo por ali e deparo-me com este telhado envelhecido,vêm-me à memória os Terra Cambará e o cerco ao casarão,em "O tempo e o vento".
Esta edificação,na foto abaixo,foi o escritório da madeireira do senhor
Grácia.
Cuidadosamente reedificada (preservando todos os seus detalhes)no bosque da UNICENTRO (Universidade Estradual do Centro oeste paranaense),servindo de museu.
Nas proximas fotos,a varanda da casa de seu Gaspar (onde tive o privilégio de ouvi-lo em tôda a sua sabedoria,quando de minhas visitas,sempre regadas a café com bolo d e laranja.E,como não poderia faltar,resgatei uma foto do meu inesquecível amigo.
Na sequência,a casa onde residia o senhor Trajano Grácia e sua esposa dona Mariquinha Anciutti.
Preservadíssima,,serve agora de pensionato para moças estudantes da UNICENTRO.
Observe que estas casas,em sua maioria eram guarceçidas de lambrequins.
Lambrequins,é uma espécie de rendado,em madeira,feito artesanalmente usado para debruar os beiras e as cumeeiras das moradias.
Segundo um historiador aqui da região,os imigrantes - eslavos na maioria - faziam essa decoração para relembrar as camadas de gelo que s e formavam nos telhados de suas casas no inverno europeu.
Apesar do rigor de nossos invernos, não chegamos a tanto.Felizmente.
A partir daqui,uma seleção de casas em madeira,para seu deleite.
E para encerrar,eu que não poderia fugir à regra,moro em uma casa de madeira.As vezes penso em algo em alvenaria,mas o amor ao rancho em pinheiro e cedro,deixa-me pensativo.
A essa altura do campeonato,acho melhor continuar com o amor velho.
Eis aqui a saletinha que conhece meus segredos: