A narrativa do Brasil

A narrativa do Brasil

A narrativa política no Brasil está pobre, aliás, sempre foi miserável. A introdução se confunde com o conflito e o clímax é a violência por falta de diálogo. O desfecho começa a ser escrito com tensão e medo.

A democracia está sendo exercida, não há dúvida! Entretanto, a liberdade de expressão descambou para a libertinagem opinativa. Nas trincheiras do país, estão os mesmos contra os seus. Amigos-inimigos estão digladiando em nome de deuses, mitos e servindo e se servindo em sacrifício por ideais, muitas vezes, escusos. O céu escuro não mostra a constelação promissora.

Leram e literalmente ergueram a clava forte, todavia, os inimigos são próximos e o que a história sempre escondeu com o nome de revolta, tornar-se-á a guerra de todos contra todos. Eis a crônica de uma morte anunciada, na qual, o cadáver está à frente e será exumado, sempre, por quem deu o golpe fatal. As mãos, depois do pleito, estarão sujas e não haverá água para limpar a imundície provocada pela incapacidade do aperto de mão e de conviver com ideias e opiniões contrárias.

O Brasil vive em seu episódio a batalha dos bons e Deus tenha piedade da bondade que vem por aí!

O enredo, em seu desfecho, apresentará a situação inicial e o conflito será clímax... eis a história repetitiva com as mesmas linhas escritas outrora

Mário Paternostro