ATÉ ONDE EU SEI...
 
Uma verdade considerada autêntica poderá ser contestada a partir do momento em que se descobre que ela é apenas uma mentira bem contada.

Afinal de contas, o que é uma mentira?

Denomina-se mentira a afirmação de algo que se sabe ou suspeita ser falso. No mundo moderno das comunicações intrapessoais, sobretudo no dia a dia das redes sociais, ela ficou conhecida como “fake news”.

Mentira também é não contar a verdade ou negar o conhecimento sobre alguma coisa que se diz verdadeira, e não o é. No campo da política partidária, quando os membros de um partido se valem do ato de mentir, enganar, iludir ou ludibriar para apoiar as falcatruas e tramoias dos seus pares, ela recebe outro nome.
 
Geralmente a expressão "mentira" é utilizada como uma oposição ao que é verdade, ou seja, a mentira é o antônimo daquilo que se diz ser verdade.

Desde que o mundo é mundo e que foi povoado por gente, a pessoa que tem o hábito de faltar com a verdade é chamada de mentirosa, e a que fala apenas a verdade, doa a quem doer, tem sido mal interpretada e com o passar dos tempos é isolada sistematicamente do seu grupo.

Contar uma mentira, consiste em falar algo que não é verdade para alguém, com o intuito de que essa pessoa acredite; a não ser que isso ocorra numa situação em que haja a necessidade  da coleta de informações por meio de uma delação premiada.

Basicamente, mentir é sinônimo de enganar, além de ser uma das ações praticadas por quem possui intenções maliciosas em relação à outra, por essas e outras razões, a mentira é considerada um ato imoral ou criminal.

A mentira está presente diariamente na vida de todo o ser humano, que vive em convívio social.

As mentiras podem ser classificadas em diferentes níveis, desde as "mentiras inofensivas", que possuem uma finalidade de benevolente, até as mentiras que têm o objetivo de prejudicar a vida de outra pessoa, por vingança ou pura maldade. No entanto, a mentira em excesso ou de forma compulsiva pode ser sinal de um transtorno psicológico chamado Mitomania.

Normalmente, a mentira nasce da necessidade do mentiroso em obter algum proveito ou se livrar de alguma situação que o incomode.

O mentiroso compulsivo não tem nenhum objetivo ao mentir, fazendo isso mesmo quando não está sobre pressão social. O mitomaníaco, por sua vez, usa a mentira como uma ferramenta de consolo, pois desta forma ele se sente mais satisfeito e calmo consigo mesmo, mascarando as suas angústias.

No âmbito religioso, a mentira é considerada um pecado divino, estando relacionada com o que é mau, maligno ou indigno. Na doutrina cristã, por exemplo, a mentira é representada pela figura do diabo, considerado o "pai das mentiras", para os cristãos.

No âmbito da política partidária, sobretudo nos períodos eleitorais, a mentira é usada como forma de enganar, iludir, e ludibriar o eleitor, forçando-o a acreditar nas propostas existentes no programa de governo de cada candidato em particular.

Há uma expressão popular famosa onde se diz que "a mentira tem perna curta" e significa que toda a mentira, por mais bem “maquiada” que ela seja, mais cedo ou mais tarde, acaba por ser descoberta.

Esta expressão tem servido ao longo dos tempos, como uma lição para as crianças de que não vale a pena contar mentira. Mas, essa mesma expressão, no âmbito da política partidária, não assusta ninguém, pois os correligionários em geral vivem de esperança e acreditam piamente nos seus ídolos e nas promessas que eles fazem durante as eleições.

No mundo dos mortais, principalmente daqueles que não fazem da mentira o seu meio de vida, o Dia da Mentira é comemorado em 1º de abril.

Nesta data, as pessoas, políticas ou não, costumam contar mentiras ou armar situações falsas para enganar amigos, familiares e pessoas conhecidas com o intuito pura e simplesmente de se divertir.

Existem muitas suposições sobre como teria surgido o Dia da Mentira, mas a mais aceita é a de que a brincadeira começou na França em meados do século XVI.

Segundo a história, até o ano de 1564 o Ano Novo era comemorado no dia 25 de março, sendo que as festas se estendiam até 1º de Abril. Com a instauração do calendário gregoriano pelo rei Carlos IX, o Ano Novo passou a ser celebrado em 1º de janeiro. No entanto, muitas pessoas continuavam comemorando a entrada do novo ano na antiga data (25 de março a 1º de Abril).

Assim, as pessoas começaram a ridicularizar quem continuava a festejar o 1º de abril como Ano Novo, pois estavam comemorando algo que não era verdade.

Querendo ou não, qualquer mentira poderá ser contestada a partir do momento em que se descobre que ela é apenas um recurso do mentiroso para se safar de algo que ele tenciona omitir ou camuflar.

Assim, durante o período de campanha eleitoral, tanto a verdade real quanto a mentira bem contada, são consideradas recursos de comunicação utilizados para convencer e/ou ludibriar os interlocutores, que no linguajar popular são chamados de eleitores.

Até onde eu sei, as pessoas que dizem falar a verdade partem da premissa de que tudo o que elas disseram naquele momento representa o ápice na busca da realização de um convencimento; as que se passam por mentirosas, também.

Por fim, verdades e mentiras são conceitos discutíveis e até onde eu sei, elas serão soberanas até se prove o contrário, menos no campo da política partidária do nosso amado país.


 
Texto adaptado do tópico Mentira no site http//:www.significados.com.br/mentira
Enviado por Germano Correia da Silva em 13/10/2018
Reeditado em 02/05/2019
Código do texto: T6475307
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