FERIADO

FERIADO

A rua está vazia, o silêncio é presente, ouve-se apenas um diálogo de bem-te-vis.

O livro faz viajar no feriadão sem os incômodos do trânsito, o enxame das praias, as ladainhas dos templos, o burburinho dos restaurantes, os preços escorchantes, a falta de modos constantes.

A paz da solitude é benfazeja, leva a divagar pelos cenários de Marcel Proust, em busca do tempo perdido, quem sabe fuga de momentos tão belicosos, ainda bem que majoritariamente em redes sociais, que poderiam denominar-se redes antissociais, tal a virulência de lados tão iguais.

A madeleine de Proust transporta-me ao mingau de aveia da mamãe, tempos saborosos de criança.

Bom feriado!!

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 13/10/2018
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