Uma história da guerra.
Vou aos poucos passando os relatos de família aos meus filhos, sempre que a ocasião permite.
Sei muitas coisas da dura guerra civil espanhola , que marcou profundamente a vida dos meus pais, que eram crianças ( 1936-1939), onde morreram 500 mil pessoas durante a guerra, dobrando esse número na pós guerra, por consequência.
Meu pai pouco falava desse período, mas sabia da sua profunda dor, através do silêncio, e dos poucos relatos que ele se deixou dizer entre as taças de vinho.
Entre esses curtos relatos, relatei um para a minha filha Verônica, que não se conteve, e deixou que as lágrimas molhassem seu rosto.
Foi quando o meu pai em 1938, com apenas 10 anos, teve que enterrar seu irmãozinho , José, que faleceu com quinze dias de vida. Meu pai , o mais velho dos irmãos, teve que levar o corpo do seu irmão em uma caixa de papelão até o cemitério local, acompanhado dos seus outros irmãos, de apenas 9, 8, e 6 anos. Quatro crianças com uma dura missão - Coisas da guerra !
Seus pais , não tinham condições e lhe atribuíram essa tarefa tão difícil, pois a minha avó estava debilitada pelo difícil parto, e o meu avô tinha que trabalhar jornadas de 15 horas fazendo canhões na fábrica.
Esse episódio entre muitos , foi o que mais marcou a infância do meu pai, pois apesar de ser tão fechado em sentimentos, se emocionava ao contar esse momento da sua vida.
Dos quatro irmãos, só ele e o de 9 anos, conseguiram enterrar o irmãozinho, os demais estavam assustados e ficaram só olhando com tristeza.
Retrato de Guernica ! Que Picasso pintou tantas vezes !
Vou aos poucos passando os relatos de família aos meus filhos, sempre que a ocasião permite.
Sei muitas coisas da dura guerra civil espanhola , que marcou profundamente a vida dos meus pais, que eram crianças ( 1936-1939), onde morreram 500 mil pessoas durante a guerra, dobrando esse número na pós guerra, por consequência.
Meu pai pouco falava desse período, mas sabia da sua profunda dor, através do silêncio, e dos poucos relatos que ele se deixou dizer entre as taças de vinho.
Entre esses curtos relatos, relatei um para a minha filha Verônica, que não se conteve, e deixou que as lágrimas molhassem seu rosto.
Foi quando o meu pai em 1938, com apenas 10 anos, teve que enterrar seu irmãozinho , José, que faleceu com quinze dias de vida. Meu pai , o mais velho dos irmãos, teve que levar o corpo do seu irmão em uma caixa de papelão até o cemitério local, acompanhado dos seus outros irmãos, de apenas 9, 8, e 6 anos. Quatro crianças com uma dura missão - Coisas da guerra !
Seus pais , não tinham condições e lhe atribuíram essa tarefa tão difícil, pois a minha avó estava debilitada pelo difícil parto, e o meu avô tinha que trabalhar jornadas de 15 horas fazendo canhões na fábrica.
Esse episódio entre muitos , foi o que mais marcou a infância do meu pai, pois apesar de ser tão fechado em sentimentos, se emocionava ao contar esse momento da sua vida.
Dos quatro irmãos, só ele e o de 9 anos, conseguiram enterrar o irmãozinho, os demais estavam assustados e ficaram só olhando com tristeza.
Retrato de Guernica ! Que Picasso pintou tantas vezes !