A dificuldade de amar e ser amado.

Terminei de ler Romeu e Julieta e comecei a me perguntar se alguém consegue mesmo amar em apenas um dia/uma noite. Outra pergunta se encaixaria bem aqui, seria ela: “o que é o amor?”. Tentando dar uma resposta simples para o complexo, eu poderia dizer que amor é afeto, o afeto que se tem pelo outro, desprezando qualquer conceito ou ideia shakespeariana sobre tal sentimento.

Eu sempre busquei algo, algo que preenchesse um vazio, um vazio tão incomensurável que nem consigo expressá-lo claramente. Talvez seja a falta de amar, talvez a de ser amado. Quanto a esses questionamentos, eu ainda não tenho uma resposta a priori. Mas a vida é tão caótica, não é? Sempre vai aparecer alguém que te despertará interesse quando tu menos esperavas ou vice-versa, o problema é este: A reciprocidade. Ela até existe (claro!), mas não na mesma intensidade, não na mesma proporcionalidade. Os momentos são desconexos, independente das coisas em comum, do tempo disponível, as vivências são outras, os significados divergentes. É difícil encontrar alguém que esteja na mesma sincronia (ou pelo menos num equilíbrio) quanto a um relacionamento sério, pois as pessoas estão sempre fugindo e isso se dá por N motivos, motivos que vão de uma grande frustração no passado até o fato de simplesmente não quererem assinar um contrato.

As pessoas anseiam por ser amadas, mas até onde elas estão dispostas a se doar? Essa pergunta me fez lembrar de um outro personagem literário, Gatsby ("O Grande Gatsby"), o romântico clássico que se deu demais, e tudo que fez, tudo que se tornou para um amor que no fim não se deu na mesma intensidade. E retomando o livro Romeu e Julieta, como todos devem saber, eles não terminaram juntos, buscaram algo que estava fadado ao fracasso.

Será que o amor é tudo isso?

Arietseb
Enviado por Arietseb em 07/10/2018
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