O SONHO

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Hoje lembrei-me dos meus sonhos no passado.

Eram permeados de realidade, pois era regado a nossos encontros.

Sua voz, seus recados, sua constante procura por mim...

E, de repente, o abandono. Não mais o sorriso encantador. Não mais a voz agridoce e mão hábeis a me conduzir, hipnotizada!

Fui um dia ao seu encontro. De caça me tornei caçadora. E lamentavelmente rejeitada.

Hoje és lembrança boa. Extraí o que me deixou de melhor!

A expectativa , o estranho prazer em me saber desejada, a espera pela concretização do sonho!

Aprendi a admirar o trabalho que é realizado. aprendi a viver sem esperanças de um dia tê-lo ao meu lado e viver o real. Não que tenha sido irreal, porém se foi, sangrando, como feto prematuro.

Abortamos nosso relacionamento. Minha gestação não deu o fruto esperado. Marcou, porém não vivenciamos a alegria de nosso amor embalado nos braços e abraços sonhados.

Não há mais lágrimas derramadas. Só lembranças do que existiu.

Se duas vidas eu tivesse agiria diferente e não acalentaria a esperança de gerar vida. Mas seu sorriso, e voz, e seu jeito, me alimentaram enquanto estavam presentes.

A realidade nem sempre é a que esperamos em seu desfecho.Eu sou feliz por essas lembranças.

A crônica acima refere-se ao período vivenciado e descrito nos textos com títulos "Diários as avessas" escritos em 2008.

C'est la vie!