A MORTE DO CANUDINHO DE PLÁSTICO

O plástico está sendo a cada dia mais odiado pelos ecologistas do mundo todo. Mesmo sendo um material reciclável, o fato é que grande parte dele acaba em lixões ou são jogados em rios e abandonados em praias. Pessoas mal esclarecidas acham que o mar é a solução para o lixo do mundo. O canudinho com o qual se toma um refrigerante parece não fazer mal nenhum quando largado na areia da praia. Mas acaba indo para o oceano, onde as tartarugas os confundem com alimento. Quando não morrem, os animais sofrem a vida toda com aquele objeto que não sai mais do corpo. Até aqui a questão é preocupante. Felizmente, a atitude de muita gente vem aos poucos mudando, até mesmo por decretos governamentais. Aqui no Rio Grande do Sul, por exemplo, já há cidades onde está proibido o canudinho de plástico. Em seu lugar surge o cilindro de papel, biodegradável, que tem a mesma função de levar o refrigerante goela abaixo sem causar a temida cárie dentária. Por outro lado, está sendo lançado em várias cidades do Brasil o canudo de metal, muito prático, que os sugadores de plantão levam na bolsa em suas andanças fora de casa. Sendo assim, o pessoal daqui do Sul, acostumado ao mate diário e que não abre mão de suas tradições, vai pegar o hábito de levar sempre consigo a bomba do chimarrão. Crianças na escola, cada qual com sua bomba. Mulheres saindo ao comércio com a bomba na bolsa. Tudo isso para o resto do Brasil não dizer que gaúcho não se preocupa com a ecologia. É o futuro em nossas mãos. Imaginem só, gaúcha tomando coca-cola com bomba de chimarrão. Que chique.

Egon Werner
Enviado por Egon Werner em 05/10/2018
Reeditado em 05/10/2018
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