Trabalho fora.
Quando cheguei a suíte do hotel olhei cada canto do recinto, primeiro debaixo da cama, "dá de ter alguém escondido ou morto lá embaixo, sei lá (?)" , revirei as cortinas e conferi as fechaduras, mexi no cofre no armário , testando-lhe um segredo seguidas vezes, abri e fechei as torneiras e o chuveiro, e só após de conferir todos estes itens é que relaxei um pouco.
Depois que um argentino bêbado insistiu na maçaneta da porta, pensando estar em seu apartamento, fiquei inquieto, e quando saí para me certificar olhei a plaqueta pendurada na chave, e se tratava da suíte em frente a minha. Se desculpou com um ;" perdón caballero", com seu inconfundível sotaque portenho e se retirou. Nada respondi, mas me fez perder o sono, o que já não é fácil de conseguir.
Liguei a TV sem mesmo olhar para ela, e o som me pareceu o de um diálogo qualquer , meio tenso entre um casal, mas não importava. Acendi um cigarro e me servi de um drinque , indo para a varanda tomar um pouco do ar fresco da noite. Sentei-me olhando as estrelas, e vinha uma brisa doce do mar, junto com o murmúrio das ondas, deixei-me ficar assim por uma hora ou mais.
Na manhã seguinte o trabalho me esperava na fábrica , a 50 km do hotel, por uma estrada verde , entre dunas e coqueirais, e já havia estudado cada detalhe das pautas , o hábito prendia as ideias rapidamente, como quem decora um texto para o teatro.
Dormi pouco, mas o suficiente, sou meio espartano para lidar com essas coisas, e sabia que um café solucionaria uma possível sonolência.
Uma ducha rápida para tirar o suor, a higiene matinal, o café semi amargo com algumas torradas e tchau ! Poderia descansar depois, tomando um bom chope na praia antes de retornar, gravata com o nó frouxo e missão cumprida...
Obs; Parte da minha vida, todas as linhas são verdadeiras neste conto, hoje não fumo mais e não tomo uísque há dois ou três anos, talvez um dia volte a tomá-lo.
Quando cheguei a suíte do hotel olhei cada canto do recinto, primeiro debaixo da cama, "dá de ter alguém escondido ou morto lá embaixo, sei lá (?)" , revirei as cortinas e conferi as fechaduras, mexi no cofre no armário , testando-lhe um segredo seguidas vezes, abri e fechei as torneiras e o chuveiro, e só após de conferir todos estes itens é que relaxei um pouco.
Depois que um argentino bêbado insistiu na maçaneta da porta, pensando estar em seu apartamento, fiquei inquieto, e quando saí para me certificar olhei a plaqueta pendurada na chave, e se tratava da suíte em frente a minha. Se desculpou com um ;" perdón caballero", com seu inconfundível sotaque portenho e se retirou. Nada respondi, mas me fez perder o sono, o que já não é fácil de conseguir.
Liguei a TV sem mesmo olhar para ela, e o som me pareceu o de um diálogo qualquer , meio tenso entre um casal, mas não importava. Acendi um cigarro e me servi de um drinque , indo para a varanda tomar um pouco do ar fresco da noite. Sentei-me olhando as estrelas, e vinha uma brisa doce do mar, junto com o murmúrio das ondas, deixei-me ficar assim por uma hora ou mais.
Na manhã seguinte o trabalho me esperava na fábrica , a 50 km do hotel, por uma estrada verde , entre dunas e coqueirais, e já havia estudado cada detalhe das pautas , o hábito prendia as ideias rapidamente, como quem decora um texto para o teatro.
Dormi pouco, mas o suficiente, sou meio espartano para lidar com essas coisas, e sabia que um café solucionaria uma possível sonolência.
Uma ducha rápida para tirar o suor, a higiene matinal, o café semi amargo com algumas torradas e tchau ! Poderia descansar depois, tomando um bom chope na praia antes de retornar, gravata com o nó frouxo e missão cumprida...
Obs; Parte da minha vida, todas as linhas são verdadeiras neste conto, hoje não fumo mais e não tomo uísque há dois ou três anos, talvez um dia volte a tomá-lo.