PRODUTOR DE LARANJAS
PRODUTOR DE LARANJAS
“A materialidade torna o homem egoísta e ranzinza, mas a espiritualidade torna-o bondoso, elevando-o”. (Antonio Paiva Rodrigues).
Determinada vez ficamos com o imposto de renda retido, visto que demos uma conotação diferente ao governo das mudanças aqui no Ceará. Elaboramos um artigo intitulado “Chupa-Cabras! E foi publicado no jornal Diário do Nordeste de 20/10/2001 – seção do leitor. Para lidar com nossas emoções, primeiramente precisamos aprender a lidar com nossa ansiedade, a irritabilidade e a falta de confiança em nós mesmos. A ansiedade é uma das emoções mais difíceis de controlar, ela é derivada de um núcleo que é a preocupação que significa uma idéia antecipada, que gera uma inquietação que nos confunde e insatisfaz, quando não tomamos uma atitude rápida torna-se cada vez mais difícil de controlar. Nossa autoridade maior abriu o verbo contra os deputados estaduais da oposição e aos que mudaram de partido chamando-os de “Cupa-Cabras”. Esquece ele que nós barnabés estaduais estamos sofrendo humilhações, privações em virtude de medidas extemporâneas de nosso governador. (Tasso Jereissati). Cortou abruptamente nossos minguados salários, mesmo perdendo a causa no STF (Supremo Tribunal Federal) e aí vamos chamá-lo de quê? Chupa-Cabras, pois além de sugar está a nos matar. Há quem diga, “mas não podemos provar que ele rasgou a Decisão do Tribunal maior do País”. Essa foi uma das conotações do texto que fizemos e a mídia publicou e como resposta, castigados. Só usufruirmos da retribuição do imposto de renda no governo do Dr. Lúcio Alcântara. O secretário à época é o atual do governo Cid Gomes, Mauro Filho, esse rapaz detesta funcionário público e o reajuste tão badalado de 3,55% em alguns casos foi negativo. A regra aplicada foi à mesma do governo das mudanças. São satânicos e ainda querem tiram onda de anjos bonzinhos. A moda no Governo federal é a expressão “laranjas”, inclusive foram descobertas várias plantações irregulares em vários estados da Federação pela PF (Polícia Federal). Aqui fazíamos indagações entre amigos: “Será que o estado do Ceará não produz “laranjas”? Respondiam os amigos: sim e da melhor qualidade, falta apenas lançar a primeira semente. Veja como Deus é justo e a justiça tarda mais não falha. Estávamos redigindo outra matéria quando recebíamos um e-mail meio cabeludo que aqui vai à íntegra:
Quinta-feira, seis de Setembro de 2007 Porque o Tasso Jereissati pode? Renan Calheiros foi acusado de ter vendido uma fábrica de refrigerantes da família para a Schincariol em troca de favores fiscais (esses favores não foram comprovados pelos denunciantes - caso vierem a ser, Renan que pague à justiça pelo que fez). Tasso Jereissati também é dono da empresa Refrescos Cearenses - fabricante da Coca-cola. Quando Tasso era governador do Ceará e FHC presidente, Tasso indicou seu amigo Byron Queiroz, presidente do BNB (Banco do Nordeste do Brasil, instituição federal).O BNB emprestava dinheiro do Fundo Constitucional de Desenvolvimento do Nordeste (FNE), com função de desenvolvimento social, em empréstimos a juros baixos, subsidiados.Tasso arrancou para sua empresa um empréstimo de R$ 24 milhões na época, com seu apadrinhado Byron Queiroz. Porém a empresa de Tasso só estava credenciada a receber R$ 8,3 milhões de empréstimo, pelas normas do Banco. Essa operação de empréstimo foi condenada pelo Tribunal de Contas da União como irregular. Além disso, o BNB também concedeu à empresa de Tasso outro financiamento, com juros de 7,7%, muito abaixo do cobrado a outras empresas, que pagaram taxas de 11,37%.
Tasso também foi um dos investigados pela CPI do FINOR (Fundo de Investimentos do Nordeste), instalada na Câmara Federal em 2001. Ele foi acusado - de usar em suas empresas notas frias para fraudar a prestação de contas ao BNB. Tasso repetiu as práticas das velhas oligarquias: utiliza-se do dinheiro público de forma privilegiada, para usar em proveito próprio. A Auditoria do TCU na gestão de Byron Queiroz no BNB / FNE (indicado por Tasso) apontou as irregularidades: - Concentração de recursos em poucas operações (a velha política de concentração de renda dos demos e tucanos). - Alta taxa de inadimplência. - Renegociação de dívidas ocasionando distorções no Balanço do FNE. - Descumprimento por parte do BNB de normas do Banco Central e do Conselho Monetário Nacional. - Ausência de fiscalização no FNE pelo BACEN. - Falta de inclusão das operações de financiamento em banco de dados do BACEN. - Concessão de créditos sem a observância das normas e pareceres técnicos. Nessa mesma auditoria, há destaque também para as irregularidades e inadimplência da empresa Mossoró Agroindustrial S.A - MAISA - do Senador José Agripino Maia dos demos. Mas isso merece um capítulo à parte. Fonte: TCU - Decisão 99/2001 - Plenário / e Revista Istoé - By Zé Augusto. Quinta-feira, Setembro 06, 2007.
Não estamos defendendo corruptos, mas pelas evidências se quiseram aprofundar mais o caso vai sair fumaça do cachimbo do Pajé, e cremos que a safra de laranjas será a melhor dos últimos tempos. Continuando com a decisão demoníaca do governo das mudanças: “Quantos companheiros desencarnaram na esperança de dar um conforto melhor a seus familiares”. Aliás, existe um número expressivo espalhado Brasil afora e o que faremos com eles? A irritabilidade é um nervosismo, uma capacidade de reagir a estímulos que sentimos quando o outro não nos agrada ou não faz o que gostaríamos que fizesse; as emoções dos outros nos incomoda e nos deixam irritados. É o que está acontecendo no final do governo. Um dia a casa cai. Com a municipalização do trânsito extinguiu-se o BPTRAN (Batalhão de Policiamento de Trânsito), em outra ação danosa que está repercutindo na segurança hoje: à transferência das Polícias Civil e Militar e Corpo de Bombeiros com status de primeiro escalão, para terceiro escalão e a desgraça tomou conta da Segurança Pública. Ficamos a meditar: o governo das mudanças mudou alguma coisa? Para alguns, aqueles que puxam mudou, mas para a maioria dos cearenses a mudança foi danosa e extravagante. Estamos sofrendo a perda da refinaria, a privatização da COELCE (Companhia de Eletrificação do Ceará); O BEC (Banco do Estado do Ceará); a Teleceará e as obras faraônicas inacabadas que estão sugando os cofres do tesouro nacional e nós pagando mais impostos para cobrir os rombos. A tão prometida Previdência do Estado ainda está inerte; o Metrô; o Castanhão; o Porto do Pecém são eternos consumidores do erário popular. Chegamos à triste conclusão de que a esperança não é a última que morre, pois as CPIs estão aí, mas pelo andar da carruagem não vai dar em nada. Outra indagação: onde está o dinheiro das privatizações? O novo governador afirmou quando assumiu o governo disse que o Estado estava falido. Vamos acreditar em quem?
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E ACADÊMICO DA ALOMERCE