Falante e Solitária????? Diga: Não!
Ela fala. Ela sorri. Ela dança. Ela corre. Ela bebe. Ela não bebe. Ela chora. Ela ama. Ela odeia. Ela canta. Ela abraça. Ela seduz. Ela vive. Ela morre por tantas coisas todos os dias. Ela é forte. Ela é justa. Ela é frágil. Ela encanta. Ela assusta. Ela afasta. Ela é amada? Ela é odiada? Ela faz parte do povo. Ela é do povo. Ela fala. Ah! Ela fala... E como fala! Fala muito. Fala até sozinha. Fala pelos cotovelos. Fala muito por amor aos sons e as palavras. Mesmo assim convive com uma solidão desalmada. Uma solidão desarmada. Uma solidão inusitada. Solidão inesperada. Solidão que dá nó na garganta. Solidão que dá desespero e pode até matar! Solidão que é cortante. Solidão alucinante. Solidão sonhada? Não. Solidão amarga. Solidão desejada. Ela canta e espanta a solidão. Ela mata a solidão em frente ao espelho no quarto bagunçado de objetos e ideias. Ela assiste novela. Ela lê jornais. Ela escreve. Ela lava louças. Ela limpa a casa. Ela cuida dos filhos. Ela ama outra mulher. Ela ama um homem. Ela ama vários homens. Ela trabalha e estuda. Ela só estuda. Ela não estuda. Ela têm fome. Ela têm sede. Ela têm frio. Ela tem amigos. Ela tem medo. ela tem coragem. Ela não têm amigos. Ela é feliz! Ela é infeliz. ela é madura. Ela é imatura. Ela é ingênua. Ela é sagaz. Ela é perspicaz. Inteligentíssima! Carinhosa, bruta. Ela se espanta com um mundo de alegrias e ao mesmo tempo dissabores. Ela tenta resolver os problemas. Ela tenta fugir do tempo. Ela tenta reencontra-se a cada manhã. Ela tenta sempre ser feliz no hoje. Mesmo errando ou acertando. Ela é você, ela sou eu. Ela somos todas nós. E ela e eu gritamos juntas com a absoluta certeza do fato de que a realidade mais desejada antes e na hora do voto é: #elenao, #elenunca. Sem esquecer dos relatos históricos sobre um Brasil que não queremos nunca mais! Torturas nunca mais! Diga não à violência contra todas nós.
Andréa Ermelin
01 de Outubro de 2018.
Segunda-feira.
Salvador-Bahia/Brasil.