A RUA

A RUA

A rua já foi espaço para brincadeiras de crianças, para troca de idéias ou fofocas com vizinhos, para pendurar bandeirinhas nas festas juninas, para pintar o chão nas copas, para sentar junto a porta e desfrutar da brisa, para cumprimentar quem passava. Hoje é apenas lugar de passagem apressada de veículos, de violências e de passeatas odientas. A rua virou rede social, sem qualquer calor humano, distante e fria, apenas um teclar funéreo, de mortos vivos, encerrados em suas gaiolas, com visões artificialmente coloridas.

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 01/10/2018
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