Acabei de reler esse artigo incrível do José Eduardo Agualusa, saiu no jornal O Globo. O título já me conquistou de imediato:O Brasil enfrenta o anti-Brasil. O mais interessante, foi a analogia que tão bem representou uma situação, que até então me parecia inexplicável, faz o maior sentido. Principalmente para alguém que carrega algumas autoimunes, e convive todos os dias com a dor, a dor de assistir tanta dor pelas ruas e hospitais públicos, a dor de ver o povo sofrendo cada vez mais.

Segue um pequeno trecho: O anti-Brasil que cresce e envenena o Brasil lembra certas doenças autoimunes. Como se o organismo não fosse capaz de se reconhecer, começando a se destruir.
Sim, é exatamente desta forma que me sinto, vivendo em um país que não consegue identificar o mal pela raiz, e se perde em milhões de tentativas infundadas. Tenta de um lado, vai para o outro, acredita que um milagre vai ser a salvação, e enquanto isso morre um pouco a cada dia.

Autoimunes podem ser controladas através de um esforço conjunto, mas requer disciplina e muita disposição para mudar, exige mudanças profundas e reforma íntima.
Será que estamos preparados para compreender que não há cura, mas que é possível ter qualidade de vida? Qualidade de vida, respeito, educação, saúde, segurança, cidadania, valores que precisamos resgatar. Que o Brasil possa reagir e curar o preconceito, a corrupção, a violência, a maldade, a miséria e a desesperança, - a lista é imensa-  vou parar pelo básico.
Giselle Sato
Enviado por Giselle Sato em 30/09/2018
Reeditado em 30/09/2018
Código do texto: T6463784
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