Há poucos milionários na atualidade!

Está muito difícil argumentar em tempos sombrios e, nessa hora, o silêncio é o melhor interlocutor. Vários Quixotes digladiam com seus moinhos inventados e apresentam seus demônios internos e, dessa maneira, silenciam o debate público. Não há como falar onde só há bocas, nenhum ouvido e, menos ainda, reflexão.

O diálogo está resumido em acusações e pontos finais. Tudo se encontra no extremo e todos estão nesse fim. A conclusão é antes de... Estanques e ossificados, olharam a Meduza da ignorância e se petrificaram em suas rasteiras opiniões. Lutar contra é se tornar um Sísivo e ser esmagado pelo discurso pífio de quem ainda vive na caverna escura.

Você fala A e entendem B; bulhufas de nada! Repetem e se repetem como originalidade e pensam que estão contribuindo para a mudança. Faquires de intelecto são as vozes da hodiernidade que gritam constantemente.

A bondade dos bons me assusta!

A conversa se resume em isso ou aquilo, sim ou não; sofismas da modernidade-tardia constroem conceitos para rotular quem não é e nunca foi e será.

A reflexão, hoje, é pedra preciosa que vale muito; há poucos milionários na atualidade.

Mário Paternostro