VOTAR EM BOLSONARO É VOTAR EM EDUARDO CUNHA, EM NOME DE DEUS
Quando se escreve para leitores inteligentes, deixa-se que eles façam suas interpretações ... ... ... ... ... Eduardo Cunha presidia a Câmara dos Deputados. Repetidas vezes, ele disse que planejava chegar à Presidência da República. Quem acompanhou as démarches do impeachment deve lembrar-se desses seus pronunciamentos, à época considerados risíveis. As pessoas se perguntavam como isso poderia acontecer (?)...
Ocorre que Eduardo Cunha havia sido eleito com votos conquistados nas igrejas ditas evangélicas do Rio de Janeiro. Lembro até de um vídeo (campanha de 2014) em que ele aparecia no palco de uma igreja do RJ dizendo-se candidato a deputado federal. Trajava uma camisa de meia, branca, com a seguinte estampa no peito: "UM CANDIDATO DE DEUS". Deu certo. Terminou sendo o terceiro deputado mais votado. ... ... ... ... Coincidentemente, nas mesmas igrejas, na mesma campanha, na mesma Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro buscava sua reeleição. Também deu certo. Terminou ganhando seu sétimo mandato como deputado federal. Por sinal, o deputado mais votado. Se merecia pelos seus feitos, não sei. Deixo que o leitor o avalie... ... ...
A máfia, digo, a bancada da bíblia já apontava os dois como eventuais presidenciáveis. A princípio, como plano "A", o experiente e mui inteligente presidente da Câmara (Eduardo Cunha).
Esse plano perdeu fôlego quando ele começa a ser investigado por conta de inomináveis falcatruas. Houve até uma doação de 250 milhões para uma(s) igreja(s) cujo processo se encontra sub judice.
Pelas descobertas, tornou-se um "ficha suja". Aí, eclesiástica e estrategicamente, foi acionado o plano "B" - chamado Jair Bolsonaro.
Está aí, liderando as pesquisas.
Outra santa coincidência: Bolsonaro passa a utilizar o mesmo marketing de conteúdo do seu colega de parlamento: "UM CANDIDATO DE DEUS".
Pelo que se pode deduzir, houve somente uma troca de timoneiro na estratégia da campanha: em vez de Eduardo Cunha, Bolsonaro. Quem nos garante que Eduardo Cunha também não está comandando a campanha por trás das grades?!... Quem nos garante que Eduardo Cunha (que está elegendo Danielle, sua filhinha, a Deputada Federal nas mesmas igrejas) não será o primeiro indultado por seu colega de luta partidária?!...
Pela lógica, e isso está evidente, votar em Bolsonaro é o mesmo que votar em Eduardo Cunha. Tanto faz. Qualquer caminho dá na venda. ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... "Seja o que Deus quiser!" - disse-me um fanático.
Quando se escreve para leitores inteligentes, deixa-se que eles façam suas interpretações ... ... ... ... ... Eduardo Cunha presidia a Câmara dos Deputados. Repetidas vezes, ele disse que planejava chegar à Presidência da República. Quem acompanhou as démarches do impeachment deve lembrar-se desses seus pronunciamentos, à época considerados risíveis. As pessoas se perguntavam como isso poderia acontecer (?)...
Ocorre que Eduardo Cunha havia sido eleito com votos conquistados nas igrejas ditas evangélicas do Rio de Janeiro. Lembro até de um vídeo (campanha de 2014) em que ele aparecia no palco de uma igreja do RJ dizendo-se candidato a deputado federal. Trajava uma camisa de meia, branca, com a seguinte estampa no peito: "UM CANDIDATO DE DEUS". Deu certo. Terminou sendo o terceiro deputado mais votado. ... ... ... ... Coincidentemente, nas mesmas igrejas, na mesma campanha, na mesma Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro buscava sua reeleição. Também deu certo. Terminou ganhando seu sétimo mandato como deputado federal. Por sinal, o deputado mais votado. Se merecia pelos seus feitos, não sei. Deixo que o leitor o avalie... ... ...
A máfia, digo, a bancada da bíblia já apontava os dois como eventuais presidenciáveis. A princípio, como plano "A", o experiente e mui inteligente presidente da Câmara (Eduardo Cunha).
Esse plano perdeu fôlego quando ele começa a ser investigado por conta de inomináveis falcatruas. Houve até uma doação de 250 milhões para uma(s) igreja(s) cujo processo se encontra sub judice.
Pelas descobertas, tornou-se um "ficha suja". Aí, eclesiástica e estrategicamente, foi acionado o plano "B" - chamado Jair Bolsonaro.
Está aí, liderando as pesquisas.
Outra santa coincidência: Bolsonaro passa a utilizar o mesmo marketing de conteúdo do seu colega de parlamento: "UM CANDIDATO DE DEUS".
Pelo que se pode deduzir, houve somente uma troca de timoneiro na estratégia da campanha: em vez de Eduardo Cunha, Bolsonaro. Quem nos garante que Eduardo Cunha também não está comandando a campanha por trás das grades?!... Quem nos garante que Eduardo Cunha (que está elegendo Danielle, sua filhinha, a Deputada Federal nas mesmas igrejas) não será o primeiro indultado por seu colega de luta partidária?!...
Pela lógica, e isso está evidente, votar em Bolsonaro é o mesmo que votar em Eduardo Cunha. Tanto faz. Qualquer caminho dá na venda. ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... "Seja o que Deus quiser!" - disse-me um fanático.