The secret

Eu estou aqui sentada de frente a uma antiga máquina de escrever, em meu mundo solitário onde o silêncio souá ensurdecedor, mas, toda e qualquer solidão é quebrada pelo barulho dos meus dedos ao atingir as teclas da máquina de escrever. Por um instante, começo a perceber a minha casa encher-se a cada novo personagem que delineio em minha obra, todos, a fim de contar o que vivenciou. Por um instante então a obra ganhar forma, inicio e final.

Mas, esta noite estava a tentar escrever uma nova obra, muitas folhas foram arremessadas ao lixo até perceber que tudo continuava vazio, decepcionada por minha falha recolhi-me ao quarto, onde diretamente joguei-me na cama sem qualquer preparação, após bom tempo olhando o teto frustrada percebi a presença de alguém sentado na cadeira do meu quarto, iluminado só por um abaju, o local encontra-se escuro o suficiente para impossibilitar visualizar características da pessoa, apesar de tanto sabia que estava a mim olhar.

Assustada com a situação corri para acender a luz, e la estava ela, uma jovem de jaqueta vermelha levemente aberta, de forma a deixar visível uma blusa branca polo e uma chave pendurada em seu pescoço, sua calça um jeans preto e em seus pés uma linda bota marrom, no seu rosto, além de seu cabelo loiro e levemente ondulado o que mais chamava a atenção eram seus olhos de cor violeta. Nos fitamos por um tempo em silêncio até ela quebrá-lo ao afirma:

— Eu quero existir, ser real, então precisa torna possível, escreva minha história.

Algo era diferente desta vez, como um personagem poderia aparecer para mim sem eu seque ter imaginado? Não pude evitar as palavras seguintes.

— Você não pode torna-se real, tão pouco parte de uma história, nunca pensei em você, então, não sei o que escrever, nem era para estar aqui.

— Pensou em mim, fui a primeira entre tantos, mas, nunca escreveu sobre minha história, já mim prendeu o quanto pode, agora preciso existir, por você e por mim.

— Não lembro de você

— Não precisa lembra, porque eu lembro, posso contar minha história é só você topar escrever, esse é o combinado, sempre foi.

— Você disse que tínhamos um combinado?

— Escreva e eu conto.

Nos encaminhamos até a máquina de escrever, preparei tudo para começar a escrever, então passei a ouvir a voz da jovem narrar sua história, cada palavra era cuidadosamente digitada na máquina, algo em mim dizia que tudo tinha que sair perfeito. De repente passei a perceber o barulho de suas botas baterem no chão, não precisava olhar para saber que ela estava a andar pelo cômodo com um ar inquietante. Seu perfume passou a imundar o quarto, e sua voz ficou embriagante. A partir deste ponto o movimento das minhas mãos ficaram automáticos e eu pude mergulhar na narrativa.

(...)

(Esse é só o começo)

J G Andrade
Enviado por J G Andrade em 28/09/2018
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