Já percebeu como é difícil aceitar opiniões? Criamos um mecanismo de defesa, que por melhor que sejam as intenções, tudo soa como questionamento, julgamento ou pura implicância. Cá entre nós, rede social não deveria ser divertido? Não era para ser leve, agradável e para interagir? Mas o povo está quase se engalfinhando, tem família que parou de falar um com o outro, passaram a se excluir e praticamente terminaram a amizade. Famílias, amigos, relacionamentos. Está todo mundo brigando.

O que são as redes sociais nas nossas vidas, até quando vamos permanecer presos no passado, sonhando com o futuro e idealizando fantasias?
Não era para respeitar a liberdade do outro? Isso inclui ler, ouvir e ver sem reagir, afinal, cada um tem o direito de pensar como quer. Estamos sempre achando que podemos mudar o mundo, as pessoas, mas e nossas vidas? O que estamos fazendo de bom para nós mesmos? Ou melhor, o que estamos fazendo de bom pelo próximo, será que agimos como pessoas educadas e nos colocamos no lugar do outro?




O que eu sinto cada vez que saio de casa, é um trânsito caótico, um querendo atropelar o outro, ultrapassar e estacionar em lugares proibidos, cada um usando a desculpa do comportamento de alguns para fazer o mesmo. E quem obedece os sinais, quem deixa o pedestre atravessar com calma, é xingado de  todos os palavrões conhecidos e desconhecidos. A ponto de muitas vezes me sentir uma perfeita idiota, só por parar nos sinais vermelhos, não usar as vagas de idosos, não furar filas, devolver troco errado e ser uma pessoa normal. O normal agora é não ser normal.

Um Brasil melhor tem que começar por cidadãos educados, pessoas do bem fazendo o bem para si e para o outro. Qualquer que seja a escolha de  candidato, partido ou proposta desse cidadão.  Nenhum político vai conseguir fazer nada sozinho. É preciso mudar, mudar o que for possível, como por exemplo parar de agredir quem não concorda com nossas opiniões. Não é usando a força e agressividade que vamos convencer ninguém, ainda mais se ninguém quer ser convencido de nada.

Enquanto isso os ventos sopram no planalto central.
Giselle Sato
Enviado por Giselle Sato em 27/09/2018
Reeditado em 27/09/2018
Código do texto: T6460974
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