O que aconteceu com as Escolas Brasileiras?
Nas décadas de 30/40, meus pais, se maus alunos fossem, recebiam como castigo palmatórias e eram obrigados pelos mestres, com a aprovação dos pais, a se ajoelharem em grãos de milho. Não havia opção: era estudar ou estudar, obedecer ou obedecer. O professor era quase Deus.  (experiência descrita no livro Histórias de Jorge, o Batuta).

Nas décadas de 50/60 erámos obrigados a copiar mil vezes frases como: “Devo obediência aos meus professores”. Não tínhamos opção: era estudar ou estudar, obedecer ou obedecer. O professor era quase Carrasco. (experiência pessoal)

Nas décadas de 70/80, nossos filhos, se se portassem mal,  eram privados do recreio, dos passeios, das festividades por professores e pais simultaneamente. Não havia opção: era estudar ou estudar, obedecer ou obedecer. O professor era “chato”. (experiência com filhos, sobrinhos).

Nas décadas de 1990/2000, nossos filhos/netos tornavam-se amigos dos seus professores, davam-lhes e recebiam presentes. A escola era um lugar bom, onde se aprendia e brincava. Os pais mantinham relação cordial com os professores, que eram bonzinhos. (experiência com netos).

Nas décadas de 2010/2020, a maioria das crianças não estuda, não aprende, não gosta da escola e, claro, não respeita o inimigo professor. Juntos, e muitas vezes apoiados por seus pais, agridem e até matam os professores. O professor é um lixo. (experiência negativa de filha professora).
 
Alguém tem ideia do que aconteceu com as escolas brasileiras?
(Reflexão de Sandra Fayad Bsb) – Brasília, 23/09/2018, primeiro dia da Primavera.
 
 
Sandra Fayad Bsb
Enviado por Sandra Fayad Bsb em 25/09/2018
Reeditado em 25/09/2018
Código do texto: T6459537
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