Deus está solto!
Deus está solto!
Flaubert aponta que a burrice tem por objetivo querer concluir. Diante de tal afirmação, percebe-se a força motriz do diálogo petrificado construindo rótulos e receitando soluções. A certeza passou a ser palavra vociferada e a preguiça privada é reflexo da irresponsabilidade diante da falta de discernimento.
A defesa brada paz acendendo a fogueira da purificação (paradoxo discursivo).
A burrice quer administrar a estupidez com assiduidade. Copia de lá, cola daqui e...escreve seus retalhos coletados em lixo informativo e propaga como dadaísmo; proselitismo.
Deus está solto!
O jornal, hoje, é escrito com a falácia individual, em posts no imperativo e com o carimbo da certeza. A preocupação com a veracidade é ínfima, por conseguinte, pífia é a responsabilidade intelectual.
Cada post e comentário proferidos na internet confirmam que Umberto Eco estava certo ( gostaria de contrariá-lo), as redes sociais deram voz aos imbecis. Contudo, o cretino anda por aí, levando a sua colher à testa em vez de mirar na boca.
Deus está solto!
Mário Paternostro