AS VARIANTES DO TENDÃO DE AQUILES - I

Tatuagens, entes com vida própria, depois que nascem não param de crescer, raramente acontecem solitariamente e minguadas.

Pois bem, uma delas chama a atenção, pois cresce na direção dos dedos e logo não haverá mais espaço, mas enfim, o tatuado deve ter outros planos de expansão, elas, como obras de arte, não precisam ser compreendidas.

Por anos foram motivo de transgressão disciplinar entre os militares, mas hoje, são toleradas, provavelmente enquanto não interferirem a identidade do tatuado. Assim havia e ainda há uma infinidade de coisas, permitidas aos não militares, mas proibidas aos próprios.

O tempo assemelha-se a uma chave micha que passa de mãos menos hábeis às mais hábeis, assim abrindo horizontes, antes não permitidos.

Aos militares policiais, lá pelos anos 1980, havia a obrigatoriedade de duas vezes por semana, o treinamento físico militar, depois, os interessados poderiam participar de prática desportiva, que normalmente variava entre futebol de salão e vólei.

Numa daquelas manhãs de final de outono, quando a nevoa que brotava das baixadas próximo ao Dilúvio e Guaíba , invadia as grandes portas de ferro do ginásio, um vizinho, veterano e graduado hierarquicamente reclamou, da desuniformidade de cinco desejosos da prática do futebol e determinou que trocassem o soquete, pois os usados não tinham s duas listras azuis, exigidas pelo regulamento. Lá se foram os cinco e não voltaram mais.

Pela brecha da variante do tendão de aquiles, o veterano não se dera contra, que a prática futebolística era opcional, coisa que inviabilizou a prática com os que restaram.

Então é bom estar atento às saídas de emergência!