LONGE DE MIM

Longe de mim

Não! Não, mil vezes não! Nunca assumirei essa inominável pretensão. Sou reles, e vim do pó, e ao pó, voltarei. O que sei é que somos ainda um desfigurado projeto, e nada mais, o Criador nada tem a ver conosco, em forma ou semelhança, toda a percepção fora desta perspectiva, são miragens, em estado de vigília, para não dizer outra coisa. Tais considerações a este tocante. Dizem os cabalistas consagrados como: Ariel Benson e outros. Onde são unânimes em afirmarem que: no presente, só poderemos percebe-lo pelos seus atributos. Na sua forma jamais. No livro do mesmo Rabino, acima citado, pagina 83, no livro do esplendor, ele nos diz que o criador se assemelha as agua deste mundo, não tem forma, ou seja: não tem forma definida. E consequentemente só poderemos conhecê-lo pelas suas obras. Ratifico, quanta pretensão, dizer-se que somos a imagem e semelhança.

O rabino ainda nos fala que: embora o Criador separe de si, todas as coisas, mesmo assim todas as coisas estão ligado a ele. É desta forma, que ele deu a vida a tudo existe. Evidente que fazemos parte desta seleta coleção da criação, mas disto eu não tenho a menor dúvida. E nem nos faz ter, semelhança com o Criador. Endento que tudo isso faz parte de um desejo de dominação humana. Como até pouco séculos, os sacerdotes, se auto nomeavam, como os legítimos representes da Criador. Se os mesmos fossem mais humildes, teriam nos ensinado que: todos fomos colocados no mesmo ponto de largada, na estrada da evolução.

Tenho a convicção que em volta do Criador, encerra-se um grande segredo e mistérios, dos mistérios. E que quando ele quis se manifestar, criou ele um ponto, que era o seu pensamento. Nele gravou todo tipo de figuras, ele também gravou um lâmpada, que é o mais Santo de todos os mistérios... E as profundas emanações dos seus pensamentos digo: do Criador, este foi o princípio do edifício, que existiu antes de qualquer coisa existir, e que é conhecido como parte do seu nome: MI (Quem? que significa: Ele nunca será conhecido de fato). Está assim escrito no livro do esplendor.

Maranguape, 22 de setembro de 2018.

Voltaire Brasil