A farra do subtio
O neologismo fica por minha conta. Trata-se do marido da minha tia. Antigo morador de Olinda, ao retornar do trabalho, na parte da tarde, costumava passar numa padaria, a pouco menos de 300 metros de sua casa, para comprar o pão e o leite e, habitualmente, tomar uma cachacinha, de preferência Pitu ou Serra Grande.
Certo dia, sabendo que alguns dos seus netos estavam em sua casa, resolveu fazer-lhes um agrado, acrescentando alguns picolés às suas compras habituais. Mas, como quem bebe sempre tem os chamados “amigos de copo”, ali nem se deu conta do tempo, em razão do agradável bate papo.
Ao chegar em casa, foi saudado carinhosamente pelos netos, que o esperavam naturalmente ansiosos para ganhar algo do vovô. E ele, todo risonho, disse-lhes: “trouxe uma surpresa para vocês...”
Ao abrir o pacote, onde estavam os pães, o leite e os picolés, eis que veio a decepção de encontrar apenas os palitos e a umidade do respectivo invólucro. E, a avó, para aliviar o desconforto dos netos, disse-lhes: “perdoa o vovô, ele hoje passou da conta na sua cachacinha”...!!!