ENTRE AS ARMAS E OS LIVROS

As pesquisas de intenção de voto mostram que o país está dividido já no primeiro turno, como estava no segundo quando das eleições anteriores. Desta vez polarizam, não tucanos e petistas, mas a extrema direita e o petismo.

Apesar de o petismo continuar na polarização, não é aquele petismo vitorioso da época do presidente Lula com índices positivos em quase tudo.

O petismo atual vem de uma queda desde 2015, que levou o partido a ter somente 8% da preferência do eleitorado, frustrando prefeitos à reeleição em 2016, por conta das inúmeras delações contra seus dirigentes.

À cabo, as delações levaram Lula, representante maior do petismo, à prisão em abril. onde permaneceu candidato até onze de setembro, data limite dada pelo TSE para a troca de Lula por outro candidato.

Sem Lula, o petismo anunciou o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. Lula tinha por volta de 40% das intenções de votos. Em uma semana, Fernando Haddad saiu de 4% para 19%, na onda da transferência de votos de Lula.

A injusta prisão de Lula e o desastre do governo Temer fez a nação perceber que o golpe que tirou Dilma, veio para tirar direitos dos trabalhadores e daqueles que mais precisam do Estado. Essa percepção fez o Partido dos Trabalhadores saltar de 8% para 29% de simpatizantes, seus filiados já ultrapassam três milhões.

Sem o financiamento empresarial e marqueteiros, os candidatos levam a campanha 'no braço' . A bola está dividida entre a democracia e a ditadura; entre a civilização e a barbárie. De um lado o candidato das armas e do outro o candidato dos livros. O bom disso tudo é que a gente é que escolhe.

R.M.

Ricardo Mezavila
Enviado por Ricardo Mezavila em 19/09/2018
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