Uma ânsia de nojo!
A que ponto chegamos? Para onde vamos ou pretendemos chegar?
Há algum tempo a intolerância era polarizada: religião, sexualidade, condição social, racismo... Agora está presente em todos os instantes da vida! No olhar, na convivência, no diálogo, na atuação social, no silêncio (...) Tudo é motivo de intolerância, de falta de entendimento ou de maldade mesmo.
Seria a lei do eterno retorno? Somos fruto de uma grande explosão, na verdade, saímos de perto e agora estamos voltando ao início de tudo? A barbárie? A vida sem lei nem acordos?
A racionalidade, a característica marcante da humanidade que nos diferencia de outros animais perdeu a validade, não existe mais tempo nem espaço para que o pensamento seja processado de forma crítica, consciente, reflexiva ou imbuída de produção de cultura capaz de tornar o ser humano mais humano.
Os os motivos? Quais os critérios? Como resolver tamanha falta de bom senso?
O homem criou os utensílios e os instrumentos da vida para o seu desenvolvimento e para sua prisão. Aquilo que foi inventado, transformado, criado para o desenvolvimento da vida em sociedade, agora é usado como arma, como paradigma ou protótipo de aprisionamento do homem em sua condição institiva maquiavélica.
Para onde caminha a humanidade?
As perguntas são lançadas no eco, no vazio da falta de resposta e nem importa a contribuição das ciências sociais porque tudo parece que falhou no seu propósito: os diálogos são inoportunos; os pensamentos construídos se perderam pelo desgaste; os sujeitos se assujeitaram ao fracasso da não compreensão do pensamento construído.
Não é apenas perda da sensibilidade ou de acreditar que estamos seguindo as nossas escolhas ou descobertas, é algo que vai além, é a perda da visão holística do ser e a conclusão da impotência diante dos fatos e das situações.
O homem perdeu o prumo e a medida. A lógica midiática ataca de forma grosseira e acrítica.
A falta de filtro para assimilar as mudanças do mundo, da terra, da sociedade e do homem nos conduz ao caos da racionalidade, dos sentimentos e das ações conjuntas.
Marcus Vinicius