O BRASIL DOS MAURICINHOS
O Brasil dos 'mauricinhos'
A era do 'playground' jurídico definitivamente chegou. Estamos sob os auspícios de um judiciário juvenil que não tem compromisso com o passado. O Basil para essa gente não passa das bravatas contadas por seus vovôs e papais na hora do jantar.
Papai, que nunca trabalhou, desde sempre foi sombra do vovô, que por sua vez era conhecido como um capataz, teve um filhinho que nasceu para sanguessuga. Gerações de homens brancos e ricos, fazendo aumentar a pobreza e a injustiça.
Do alto de seus excrementos não abjurados, tentam controlar o país através da força do capital e do enfraquecimento do trabalho.
Por onde passam, esses senhores não absorvidos pelo lado bom da história, só crescem os desalentos, os preconceitos, e o que há de mais repugnante na sociedade.
Não são o luxo de suas casas e carros, o perfume artificial de suas peles, o brilho fosco de seus talheres e chaveiros, a medalha no uniforme e a insígnia na lapela, a água limpa de suas piscinas, a privacidade de seus escritórios, que irão escrever uma linha sequer de altruísmo na história.
Nunca irão saber o que é andar na rua empunhando a bandeira da liberdade, da sua e a liberdade do outro, eles nunca vão entender que, para ser livre, todos têm que ser livres; só a felicidade coletiva é a felicidade real.
Ricardo Mezavila.