PELOS SANTOS, BEIJAM-SE AS PEDRAS!

A vida é mesmo um aprendizado constante! Em tudo o que fizermos, no que se apresentar a nossa frente haverá inevitavelmente um ensinamento. Pobre de quem não quer compreender isso! Infeliz daquele que se fecha para tudo e não abstrai minutos para uma leve reflexão! Pode não transparecer, mas em cada conversa com alguém; em cada encontro ou quem sabe desencontro, toparemos com “uma agulha no palheiro” que poderá bem costurar os desafios que vivenciamos diariamente”. Isso é algo divino! Pois Deus nos dá a oportunidade de resolvermos nossas dúvidas e questões em todo momento sucessivo! O que se faz latente é que temos por vezes de “sair de nós mesmos e olhar tudo pelo lado de fora”! Quando estamos mergulhados demais em certas situações pode ser que não consigamos enxergar um palmo a frente e tudo parecer obscuro e sem remédio. Mas se pudermos observar o círculo pelo lado de fora poderemos até desamarrar os nós. Contemplaremos de um melhor ângulo, poderemos arredondar mais o círculo, pois de dentro, de certo que não víamos que ele estava tão torcido. Isso é um exercício que alguns entendedores chamam de visão gerencial, holística ou multifocal. Nesse entendimento, o escritor e psicanalista Augusto Cury nos revela que “o homem que não se interioriza dança a valsa da vida engessado intelectualmente. Sua flexibilidade intelectual fica profundamente reduzi¬da para solucionar seus conflitos psicossociais, superar suas contrariedades, frustrações e perdas”.

Por vezes nos encontramos em labirintos que parecem estar tão fechados que pensamos não haver saída, que tudo está nas trevas e que não existe ninguém por nós. Contudo quando respirarmos bem fundo, nos concentrarmos um pouco, repensarmos os nossos atos, podemos perceber que há sim luz, que há outras formas de agir e reagir; que tudo não é tão cinza como se pintava. Estávamos em um transe emocional tão profundo que permanecíamos ofuscados, que não escutávamos as vozes edificantes ao nosso redor. Apenas ouvíamos nossos clamores e gritos interiores que mais e mais se desesperavam perante o buraco negro que naquela hora nos parecia estar sem fundo, sem lados, em total tempestade. Pode ser que a cabeça doa, que as costas, os ombros, todo o corpo se encontre tenso. E há nessa dimensão quase um coma enigmático, em conflito e as emoções negativas se afloram bem mais que as favoráveis. Augusto Cury continua as nos dizer que “sábio é o ser humano que tem coragem de ir diante do espelho da sua alma para reconhecer seus erros e fracassos e utilizá-los para plantar as mais belas sementes no terreno de sua inteligência”.

É nessa oportunidade que em um exercício de extrema boa vontade temos que nos libertar de nós mesmos. Nesse momento temos que sair do inconsciente, que domina e buscar a consciência de um novo resultado. Não é necessário se exasperar; é imprescindível um estágio de ação concentrada para atravessar as barreiras que nós mesmos colocamos e que parecem intransponíveis. Levantar a cabeça, flechar a visão em um alvo certeiro para que a chave se ponha à sua disposição e para que tudo se possa iluminar ao redor. Antes de emitirmos a resposta, levantemos o escudo, nos coloquemos em posição de guarda e em uma atitude de controle e de equilíbrio. Desse modo com base no cálculo já traçado para que os impasses sejam minimizados e para que a dor se transforme em realização do bem. E não é à toa que alguém já exclamava um provérbio popular que nos alerta: “por causa dos santos, beijam-se as pedras”. Qual é a nossa pedra? Talvez o caminho seja transformá-la na nossa evolução de vida pessoal e espiritual e, porque não dizer que essa possivelmente será a resposta e a resolução dos nossos desafios!

Michael Stephan
Enviado por Michael Stephan em 16/09/2018
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