Eis um epitáfio!

Eis um epitáfio!

Escrevo para arrumar confusão! Pontuo para continuar a liça!

Cada parágrafo que propago é um convite a um duelo. Todo escritor deve ser Muhammad Ali só, assim, estará fazendo a sua parte para desvelar aqueles que têm cegueiras da razão ou ignorância.

Deve, também, ser um milagreiro e curar a doença causada pela ociosidade intelectual. Remédios convencionais adoecem! O ministério da sensatez adverte!

Todo escritor é um malfeitor, assim deve ser. Escrever e pensar o óbvio, já há muitos imbecis espalhados fazendo tal função; pior é quando pensa que está pensando!

Escrevo para derrubar muros, construir pontes. Mas, se tal projeto não for bem sucedido, implodo a arquitetura e construo, no local, a minha biblioteca individual.

Todo escritor é um cadáver, contudo, renascendo e morrendo sempre. Somente os tolos pensam que estão vivos!

Aqui jaz, a palavra! Eis um epitáfio!

Mário Paternostro