O MAR ME CHAMA
O MAR ME CHAMA
Crônica da VALDEZ JUVAL
Ele parece que quer conversar comigo.
Com muito cuidado, passadas lentas,
olhando para o chão, medrosamente,
abro o portão do jardim e avanço no areal indo ao encontro do mar,
procurando algo que possa descansar o corpo já bastante alquebrado.
Um rolo de coqueiro deixado pelas ondas foi meu assento salvador.
Ali olhei longe e não vi o fim.
Sabia que não era a minha visão pois me lembrei da linha do horizonte.
Triste fiquei.
Quanto tempo fazia que não chegava à beira mar...
E agora bem perto me vejo mais distante ainda quando relembrei
ondas altas, fortes, destruindo Olinda.
De um lugar seguro, acompanhava tudo.
E cada onda que chegava, derrubava mais, levando para ele
pedaços de tudo.
A tormenta continuou sem a minha presença.
Quando retornei, voltando a visitar aquela “cidade heroica, monumento secular”, vi tudo muito pior ainda.
Agora nem sei contar mais quanto chão, quanta gente,
quanto tanto e tudo foi levado para nunca mais voltar;
Um pedaço de Olinda se foi e com ele o meu sentimento
de coração que sempre chora quando nada se pode fazer
quando se vive uma devastação.
Que fazer mais aqui, oceano de todos os cantos!?
Nada mais tenho para falar contigo.
Ainda sofro de tristeza e solidão.
14/SET/2018 São 16:38
Da Internet (IMAGES)
O MAR ME CHAMA
Crônica da VALDEZ JUVAL
Ele parece que quer conversar comigo.
Com muito cuidado, passadas lentas,
olhando para o chão, medrosamente,
abro o portão do jardim e avanço no areal indo ao encontro do mar,
procurando algo que possa descansar o corpo já bastante alquebrado.
Um rolo de coqueiro deixado pelas ondas foi meu assento salvador.
Ali olhei longe e não vi o fim.
Sabia que não era a minha visão pois me lembrei da linha do horizonte.
Triste fiquei.
Quanto tempo fazia que não chegava à beira mar...
E agora bem perto me vejo mais distante ainda quando relembrei
ondas altas, fortes, destruindo Olinda.
De um lugar seguro, acompanhava tudo.
E cada onda que chegava, derrubava mais, levando para ele
pedaços de tudo.
A tormenta continuou sem a minha presença.
Quando retornei, voltando a visitar aquela “cidade heroica, monumento secular”, vi tudo muito pior ainda.
Agora nem sei contar mais quanto chão, quanta gente,
quanto tanto e tudo foi levado para nunca mais voltar;
Um pedaço de Olinda se foi e com ele o meu sentimento
de coração que sempre chora quando nada se pode fazer
quando se vive uma devastação.
Que fazer mais aqui, oceano de todos os cantos!?
Nada mais tenho para falar contigo.
Ainda sofro de tristeza e solidão.
14/SET/2018 São 16:38
Da Internet (IMAGES)