Epítetos, alcunhas... generalização
Quisera ser dono de grandes feitos, de realizações inéditas, o único a ter realizado tal proeza... e eu seria: Roberto, o Grande; não foi o caso, nada a se destacar, nada a chamar a atenção, e desisti do galardão, que fique com Alexandre, da Macedônia, que fique com Catarina, da Rússia.
Quem sabe ter uma mente criativa, sonhar, com consistência, coisas plausíveis e úteis, seria Roberto, o Pensador, mas confesso que se penso muito é para não me esquecer em demasia... desisti.
Também deixei para Sinatra... a Voz, nunca fui muito afinado, deixei para Gandhi a Marcha do Sal, sou hipertenso... só de pensar no sódio, segui deixando o Raio para corredores e nadadores, o Justo para os Paladinos: sou gordo para ser tão rápido, e não pertenço à família Marvel... não sou super herói... definitivamente.
Roberto, o Nada é baixa estima, é desvalorização, é autoflagelo... é aviltante, como ficar sem pequenas mentiras para a lápide... decidi abandonei meu Roberto, em passei a ser Zé, o Zé Global, que vai do Zé Ninguém a Zé do Mundo, o Zé, que pode ser o das Façanhas, ou o Zé da Cova Rasa... Zé, não me envergonhe, glorifique meu novo nome você é heterônimo, virou meu novo homônimo, quer remexam com a criatividade, que suponham a “especialidade” daquele, que a partir de agora... é simplesmente um tal de ZÉ.