LEI MORAL. JOÃO DE PATMOS,

Pela história que nos chega, reportada pelos meios competentes, seus instrumentos, sabemos quem existiu com celebridade pelo que fez e escreveu e assim se tornaram conhecidos. Não há como negar.

Assim se formaram e foram conhecidos todos os escritos humanos, também os de cunho religioso, que estão no contexto do que se denominou chamar religião. Variantes de entidades que seriam de outro mundo e se manifestam ou não pelos veículos assinalados, provindos da fé ou mesmo dos sentidos.

Em algumas crenças são vistas e até tocadas as entidades, pois elas se incorporam nos seres humanos. É uma crença, diversa de história.

Dessa forma, o que quero realçar, é que não se pode negar a história, seria o mesmo que negar que não existe determinada pátria onde está consignado no mapa sua existência e hoje podemos chegar até ela por meios de transporte. Ou seja, existe, é uma realidade. O tempo, a história e seus instrumentos nos fizeram crer na sua existência como ciência. Antes de ser descoberto e constar nos mapas, não existia o Brasil para os europeus, assim também as outras nações.

Historicamente existiu um Homem chamado Jesus. Era conhecido depois de suas atividades como O Cristo, Jesus Cristo. O que significa Cristo?

Estou em que provavelmente há quem pense que “Cristo” era simplesmente o último nome de Jesus. Cristo se origina da palavra grega para “ungido”. É o equivalente do hebraico para “Messias” – o rei prometido de Deus. O Cristo era antes Jesus de Nazaré.

É um título real Cristo. Na cultura de Israel ungia-se com óleo para exercer o seu ofício. A unção dos reis logicamente era especial. Samuel ungiu a Saul com óleo para o reinado de Israel (1 Samuel 10:1). Davi foi então ungido por Samuel quando Deus decidiu tomar o reino de Saul e dar a ele. A unção era considerada o ponto de partida para o Reinado, a do governo. Jesus Cristo, portanto, significa “Rei Jesus”. A palavra “Cristo” é um termo para seu status real como um descendente de Davi.

O último dos quatro evangelhos a ser escrito foi o de João. Depois de divergências a tradição assentou ter sido escrito pelo evangelista João, o apóstolo João, o mais novo entre os apóstolos, também o Apocalipse.

João de Patmos, fato que foi ponto de divergências, era o apóstolo João, o mesmo que escreveu as visões apocalípticas.

Exilado pelo Imperador Domiciano, por sua fé cristã, na Ilha de Patmos, teve as horríveis visões e escreveu suas revelações. É conhecido como a literatura sagrada que faz de Jesus, O Cristo, veículo de Deus.

Morreu em Éfeso, entre noventa e cem anos de idade, acreditando-se que neste local tenha escrito o Evangelho Segundo João, após conhecer os outros evangelhos, as Cartas de São Paulo, de Pedro, Tiago e Judas, e os Atos dos Apóstolos.

Ele era, evidentemente, um dos três apóstolos mais íntimos que Jesus mantinha perto de si em várias ocasiões, tais como na transfiguração (Mr 9:2), e na ocasião de sua angústia, no jardim de Getsêmani. (Mt 26:36, 37).

Testemunhou o cumprimento de algumas profecias de Jesus, a destruição de Jerusalém e o fim daquele sistema judaico de coisas.

João, guiado por inspiração relevante, escolheu com apuro os eventos para registro : “De certo, Jesus efetuou muitos outros sinais, também diante dos discípulos, os quais não estão escritos neste rolo, e: Há, de fato, também muitas outras coisas que Jesus fez, as quais, se alguma vez fossem escritas em todos os pormenores, suponho que o próprio mundo não poderia conter os rolos escritos.” Jo 20:30; 21:25.

Jesus, O Cristo histórico, homem como nós, é apresentado como o veículo de Deus para a bênção da humanidade e como Único meio de aproximação a Deus. Revela-se Jesus como o Instrumento por meio de quem vêm a graça e a verdade (Jo 1:17), como “o Cordeiro de Deus” (1:29), o “Filho unigênito de Deus” (3:18), o “noivo” (3:29), “o verdadeiro pão do céu” (6:32), “o pão de Deus” (6:33), “o pão da vida” (6:35), “o pão vivo” (6:51), “a luz do mundo” (8:12), o “Filho do homem” (9:35), “a porta” do aprisco (10:9), “o pastor excelente” (10:11), “a ressurreição e a vida” (11:25), “o caminho, e a verdade, e a vida” (14:6), e “a verdadeira videira” (15:1).

Enfatiza a posição de Jesus, O Cristo, como Rei (Jo 1:49; 12:13.

Isto se amolda à Revelação (Apocalipse) que João recebeu, em que Cristo repete a necessidade de ser vencedor, e promete ricas recompensas celestiais junto com ele aos que estiverem em união com ele. Ap. 2:7, 11, 17, 26; 3:5, 12, 21.

Mas é história humana de Jesus, conhecido como Cristo, que extraordinariamente não escreveu uma só palavra e foi respeitado pela Lei Moral ditada e ensinada, o respeito ao próximo.

Não fora em vão que sobre sua cabeça pendendo da Cruz, estava escrito, ainda que a título de deboche: IESUS NAZARENUS REX IUDEORUM, Jesus de Nazaré Rei Dos Judeus.

Essa Moral ungida como máxima regra religiosa que nos chegou, construída social e ritualmente, é que devemos observar como religião, assim creio.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 09/09/2018
Reeditado em 09/09/2018
Código do texto: T6443687
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