PASÁRGADAS - PARTE II

Nem toda verdade é absoluta. Ainda não era moda de fake, porém já era 'fácil' acreditar. (No tempo de M. ASSIS, no Rio, a Ouvidor era "a rua do boato"...)

Em 1956, a capital federal ainda rabiscada nas pranchetas e um repórter perguntou a BANDEIRA o que achava do nome Brasília: "Tem quatro vogais e i demais..." - pela numerologia, quatro implica em fracasso econômico e social; letras a e i dão o número dois, péssimo. (Até que......... demorou, hein?)

(J. G. ROSA gostava do 'a': grande, o sucesso de Sagarana!)

Mais tarde, cortaram Goiás ao meio e /metade superior/ o novo estado de Tocantins teria Pasárgada como capital e MANUEL BANDEIRA como principal avenida... De pronúncia estranha num idioma em que predominam paroxítonos, em tempo mínimo sofreria adaptação ou ganharia apelido - bom, pelo menos o poeta seria "ressuscitado" e bem mais divulgado. Mas não aconteceu a utopia, Pasárgada só mesmo no MANUEL sonhador.

EU soube agora que o editor (antigo professor, eterno crítico e escritor) JACÓ GUINSBURG criou nova versão, mais uma intertextualidade permitida. Amigo de qual rei, não sei... Se o "ir" e o banco derem lucro, me convide.

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"VOU-ME EMBORA PRA BRASÍLIA"

POR MANUEL SEM BANDEIRA e JACÓ DA BANDALHEIRA

Vou-me embora pra Brasília,

lá sou amigo do rei,

terei o dinheiro que eu quero

no banco que escolherei:

Okei!

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MENSAGEM CONSOLADORA - Setembro, tempo de, ao toque do shofar, mentalizarmos SHALOM e SHANA TOVÁ!

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FONTES:

"O sonhado país das delícias", artigo de Otto Lara Resende - Rio, jornal O Globo, 9/4/89 --- "O jogador de versos" - Rio, revista Época, 20/8/18.

F I M

Rubemar Alves
Enviado por Rubemar Alves em 08/09/2018
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