Quatro? Tá de bom tamanho
Duas da manhã e eu sem um pingo de sono. Não é insônia.
Caí no sono antes das 21:30 e acordei 1:35. Não sinto sono. Não quero dormir.
Resolvo assistir ao programa: 'Conversa Com Bial' e descubro duas figuras interessantes: Eduardo Gianetti e José Almino Alencar.
Dizem que: "Um é pouco. Dois é bom. Três é demais." ... e QUATRO? Creio que um número perfeito para uma madrugada regada à insônia. Se o Bial não for bom o suficiente, um dos convidados vai ter que ser e segurar a minha atenção.
O papo começa com a aventura do economista Gianetti em plena greve dos caminhoneiros. Ele está no norte do país e tem uma palestra, mas por causa da falta de combustível nos postos ele enfrenta inúmeros contratempos. Pela conversa e o olhar do Gianetti, percebo o quanto esse economista honra sua palavra ao descrever como driblou cada um dos contratempos a caminho da sua palestra. Com a ajuda de um motorista contratado no aeroporto, Gianetti consegue chegar ao seu destino sete minutos antes do início do seu compromiso. Um verdadeiro feito, graças ao seu fiel motorista que correu feito louco atrás de combustível enquanto Gianetti descansa no hotel.
O economista é também escritor e sabe entreter, mesmo a economia não sendo o prato predileto da grande maioria. O jeito do Gianetti conduzir a conversa é muito interessante e gostosa. Nem parece que fala sobre aquela chata da economia e a crise que nos ronda. Pedro Bial está de parabéns por saber fazer as perguntas certas no timing perfeito e assim o program fica leve e divertido com um tema tão chato.
Ao longo do programa, Bial desenterra o bordão do Nelson Rodrigues: Brasileiro tem complexo de cachorro vira-lata.
Logo imagino que o festival 'Chutar O Pobre Cão' vai começar, afinal, a greve deixou o país sem combustível, alimentos e várias outras coisas por alguns dias aqui no Sul, por semanas em outros cantos do Brasil. Mas ao invés de chutar, ele fala do nosso jeitinho brasileiro de ser e levar a vida, ou se preferir, como deixamos a vida nos levar, segundo o compositor de samba/pagode e ilustre filosofo de botequim, Zeca Pagodinho.
Os aumentos constantes e abusivos do combustível cultivam raiva e revolta entre os caminhoneiros e outros que resolvem enfrentar o Governo Temer. Concordo plenamente com uma risada longa. No fundo, brasileiro não quer ser como outro povo. Brasileiro quer ser brasileiro. Queremos no fundo ser tupiniuim e ponto final. Somos únicos, exclusivos.
O próprio economista entrevistado diz ter vivido no exterior e que seria o Ó ter que levar a vida como um estadunidense ou inglês que ele considera monótona demais.
Duas da manhã e eu sem um pingo de sono. Não é insônia.
Caí no sono antes das 21:30 e acordei 1:35. Não sinto sono. Não quero dormir.
Resolvo assistir ao programa: 'Conversa Com Bial' e descubro duas figuras interessantes: Eduardo Gianetti e José Almino Alencar.
Dizem que: "Um é pouco. Dois é bom. Três é demais." ... e QUATRO? Creio que um número perfeito para uma madrugada regada à insônia. Se o Bial não for bom o suficiente, um dos convidados vai ter que ser e segurar a minha atenção.
O papo começa com a aventura do economista Gianetti em plena greve dos caminhoneiros. Ele está no norte do país e tem uma palestra, mas por causa da falta de combustível nos postos ele enfrenta inúmeros contratempos. Pela conversa e o olhar do Gianetti, percebo o quanto esse economista honra sua palavra ao descrever como driblou cada um dos contratempos a caminho da sua palestra. Com a ajuda de um motorista contratado no aeroporto, Gianetti consegue chegar ao seu destino sete minutos antes do início do seu compromiso. Um verdadeiro feito, graças ao seu fiel motorista que correu feito louco atrás de combustível enquanto Gianetti descansa no hotel.
O economista é também escritor e sabe entreter, mesmo a economia não sendo o prato predileto da grande maioria. O jeito do Gianetti conduzir a conversa é muito interessante e gostosa. Nem parece que fala sobre aquela chata da economia e a crise que nos ronda. Pedro Bial está de parabéns por saber fazer as perguntas certas no timing perfeito e assim o program fica leve e divertido com um tema tão chato.
Ao longo do programa, Bial desenterra o bordão do Nelson Rodrigues: Brasileiro tem complexo de cachorro vira-lata.
Logo imagino que o festival 'Chutar O Pobre Cão' vai começar, afinal, a greve deixou o país sem combustível, alimentos e várias outras coisas por alguns dias aqui no Sul, por semanas em outros cantos do Brasil. Mas ao invés de chutar, ele fala do nosso jeitinho brasileiro de ser e levar a vida, ou se preferir, como deixamos a vida nos levar, segundo o compositor de samba/pagode e ilustre filosofo de botequim, Zeca Pagodinho.
Os aumentos constantes e abusivos do combustível cultivam raiva e revolta entre os caminhoneiros e outros que resolvem enfrentar o Governo Temer. Concordo plenamente com uma risada longa. No fundo, brasileiro não quer ser como outro povo. Brasileiro quer ser brasileiro. Queremos no fundo ser tupiniuim e ponto final. Somos únicos, exclusivos.
O próprio economista entrevistado diz ter vivido no exterior e que seria o Ó ter que levar a vida como um estadunidense ou inglês que ele considera monótona demais.
O Bial comenta como o brasileiro faz graça da própria desgraça com a maior naturalidade e sem maldade.
Estamos em plena crise, mas me diga: Alquem cortou o churrasco regada à cerveja nos finais de semana? Me diga amigo, para que serve cartão de crédito ou a caderneta lá do armazém do Seu Miguel? Realmente somos uma raça a ser estudada.
E quem chega para dar um dedinho de prosa diretamente de Recife? O próprio José Almino Alencar. A conversa rola deliciosamente sem formalidade alguma.
Alencar explica a palavra 'guenza' que está no título do seu mais novo trabalho, 'Gordos, Magros e Guenzos: Crônicas'. Alencar cita o Caetano dos anos '70 como exemplo perfeito de 'guenzo'.
Os três senhores debocham do físico de mais de quatro décadas atrás do ilustre filho de Santo Amaro, mas eles podem, afinal são amigos do próprio.
Segundo Gianetti, Caetano era um verdadeiro sonhador decadas atrás, mas confessa que hoje é bem mais esperançoso do que o próprio poeta baiano que já não é tão guenzo como costumava ser, nem tão sonhador como era no tempo da Tropicália.
O papo rola e o economista é tão otimista, mesmo com toda essa politicagem sórdida que nos ronda.
Hummmm ... Vou botar fé.
Creio que posso dormir tranquilamente e até sonhar um sonho gostoso depois desse papo regado à graça e esperança.
Estamos em plena crise, mas me diga: Alquem cortou o churrasco regada à cerveja nos finais de semana? Me diga amigo, para que serve cartão de crédito ou a caderneta lá do armazém do Seu Miguel? Realmente somos uma raça a ser estudada.
E quem chega para dar um dedinho de prosa diretamente de Recife? O próprio José Almino Alencar. A conversa rola deliciosamente sem formalidade alguma.
Alencar explica a palavra 'guenza' que está no título do seu mais novo trabalho, 'Gordos, Magros e Guenzos: Crônicas'. Alencar cita o Caetano dos anos '70 como exemplo perfeito de 'guenzo'.
Os três senhores debocham do físico de mais de quatro décadas atrás do ilustre filho de Santo Amaro, mas eles podem, afinal são amigos do próprio.
Segundo Gianetti, Caetano era um verdadeiro sonhador decadas atrás, mas confessa que hoje é bem mais esperançoso do que o próprio poeta baiano que já não é tão guenzo como costumava ser, nem tão sonhador como era no tempo da Tropicália.
O papo rola e o economista é tão otimista, mesmo com toda essa politicagem sórdida que nos ronda.
Hummmm ... Vou botar fé.
Creio que posso dormir tranquilamente e até sonhar um sonho gostoso depois desse papo regado à graça e esperança.