Tal a árvore tal o filho.
O filho é fruto. Cada árvore dá a fruta específica, assim, se o Brasil plantou em sua formação a corrupção e desonra, teremos frutos das árvores plantadas; William Shakespeare dizia que há muito mais em nós, de nossos pais, do que podemos imaginar. E se levarmos essa fala ao âmbito macrossocial? Considerando nossos pais como nosso país, nossa nação, nossos antecessores...., que frutos deveríamos estar produzindo, se não o que por hora persiste? Não ter uma identidade única na formação do povo brasileiro, é mais do que uma opção, uma oportunidade de percebermos que mesmo diante de toda erva daninha plantada a qual não dá frutos nenhum, ainda é possível encontrar árvores de bons frutos, que nem toda plantação está condenada. Ainda há de se considerar, que mesmo em face de tantos frutos que parecem ruins e imprestável se possa aproveitá-los, espremendo-os ou triturando-os, reinventando-o. Não é necessário redescobrir o Brasil, mas reinventá-lo, sim. Para isso é preciso lançar novos olhares ao que se parece velho, e contemplar o novo jeito de fazer de pensar. O caminho é o mesmo e pouco se espera que mude, o que precisa mudar é a forma de caminhar. Austeridade, respeito, confiança, ética, apatia, punição não podem mais ficar no patamar do discurso; emerge a necessidade de replantar os ideais, podar as árvores que contaminam, e sair da apatia de que tudo é possível. Não há jardins e pomares que não precisam de cuidados, e pragas são comuns, e combate-las é mais que necessário. O que que não é viável é viver meio a essas pragas achando que meus e teus frutos não serão contaminados. A solução seria viver em cativeiro..? Fazer muralhas, condomínios, plantar os filhos dentro de uma estufa e protegê-los das pestes que proliferam como vermes diante de um pedaço podre de carne não resolveria o caos implantado. Não há receita, não há manual. Mas, o medo é que um pomar quando tomado pela praga a única forma de exterminá-la é queimá-lo, de tal forma que não reste nem mesmo a lembrança de que estivera algum dia ali, e que todos pagarão o preço da desonra.