Vamos partilhar a culpa. É de todos nós. Não temos apreço à memória nacional. Não somos uma nação digna de guardar a própria história.
Somos alienados, miseráveis e, o pior, não somos hábeis e nem capazes de prover um mínimo de segurança para o patrimônio histórico e cultural.
O Corpo de Bombeiro heroicamente lutou com o material que tinha. Não adianta crucificar ninguém. O único sobrevivente foi o meteorito. A perda incalculável e inestimável do acervo e para museologia brasileira;
Há muitos anos que existia uma luta ferrenha para obter recursos para mantê-lo adequadamente. Mas, o BNDES era generoso com outras empresas hoje protagonistas criminosas de operações como a Lava-Jato. e tantas outras. Quem incendiou tudo foi a improbidade administrativa.
É uma vergonha nacional que não comove os que tinham o dever de preservar a cultura brasileira. Ele foi abandonado e, por fim, morreu de inanição no incêndio de proporções incontroláveis.
Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência?
Perguntava Cíceo que por acaso é uma das figuras prostradas no alto do museu destruído.
A sociedade deve vigiar para que se revele a verdade, arracando as máscaras de quem pretende enganá-la.Cícero o autor da famosa frase era senador e se revoltava contra Catilina, que era um senador com vocação ditatorial e ansioso por acumular todo o poder
se valendo dos plebeus a quem tentava perdoar todas as dívidas.
Desmascarou-se com a força das Catilinárias, cujo eco é eterno
permanece vivo até hoje. Em cinzas que não são da phênix, não renascerá infelizmente.
Vejam a íntegra do texto dito no Senado romano por Cícero, in litteris:
“Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência? Por quanto tempo ainda há de zombar de nós a tua loucura? A que extremos se há de precipitar a tua audácia desenfreada?
(….) Nem os temores do povo, nem a confluência dos homens honestos, neste local protegido do Senado, nem a expressão do voto destas pessoas, nada consegue te perturbar? Não percebes que teus planos foram descobertos?
Não vês que tua conspiração foi dominada pelos que a conhecem? Quem, entre nós, pensas tu que ignora o que fizeste na noite passada e na precedente, onde estiveste, a quem convocaste, que deliberações foram as tuas?
O tempora, o mores! [Oh, tempos, oh, costumes!]
Simbolicamente na semana da Pátria, às vésperas do sete de setembro,comemoramos o nosso desmazelo com nosso passado, a nossa desídia com o presente. Qual futuro teremos? Oh tempos, oh costumes!
O atraso no provimento de recursos financeiros foi propiciado pelas eleições desse horroroso ano. Em ano de eleições, há uma política de desídia pública, tudo se posterga. Até que o fim propiciado por tragédia anunciada jogue a derradeira pá de cal. Choremos. Pois somos a plateia de uma ópera bufa.
Rendo aqui minha sincera e humilde homenagem aos inúmeros profissionais que lutaram até onde podiam, que empenharam suas vidas e suas almas em prol no que acreditavam ser importante e inestimável à pátria brasileira que hoje fica menos garbosa e mais entristecida.
Somos fuzilados pela traição, tal qual Quaresma na obra de Lima Barreto, por falta de patriotismo e principalmente pela ausência de consciência.
"A consciência é uma garrafa vazia num oceano de afetos em maremoto".
Nietzsche
Somos alienados, miseráveis e, o pior, não somos hábeis e nem capazes de prover um mínimo de segurança para o patrimônio histórico e cultural.
O Corpo de Bombeiro heroicamente lutou com o material que tinha. Não adianta crucificar ninguém. O único sobrevivente foi o meteorito. A perda incalculável e inestimável do acervo e para museologia brasileira;
Há muitos anos que existia uma luta ferrenha para obter recursos para mantê-lo adequadamente. Mas, o BNDES era generoso com outras empresas hoje protagonistas criminosas de operações como a Lava-Jato. e tantas outras. Quem incendiou tudo foi a improbidade administrativa.
É uma vergonha nacional que não comove os que tinham o dever de preservar a cultura brasileira. Ele foi abandonado e, por fim, morreu de inanição no incêndio de proporções incontroláveis.
Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência?
Perguntava Cíceo que por acaso é uma das figuras prostradas no alto do museu destruído.
A sociedade deve vigiar para que se revele a verdade, arracando as máscaras de quem pretende enganá-la.Cícero o autor da famosa frase era senador e se revoltava contra Catilina, que era um senador com vocação ditatorial e ansioso por acumular todo o poder
se valendo dos plebeus a quem tentava perdoar todas as dívidas.
Desmascarou-se com a força das Catilinárias, cujo eco é eterno
permanece vivo até hoje. Em cinzas que não são da phênix, não renascerá infelizmente.
Vejam a íntegra do texto dito no Senado romano por Cícero, in litteris:
“Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência? Por quanto tempo ainda há de zombar de nós a tua loucura? A que extremos se há de precipitar a tua audácia desenfreada?
(….) Nem os temores do povo, nem a confluência dos homens honestos, neste local protegido do Senado, nem a expressão do voto destas pessoas, nada consegue te perturbar? Não percebes que teus planos foram descobertos?
Não vês que tua conspiração foi dominada pelos que a conhecem? Quem, entre nós, pensas tu que ignora o que fizeste na noite passada e na precedente, onde estiveste, a quem convocaste, que deliberações foram as tuas?
O tempora, o mores! [Oh, tempos, oh, costumes!]
Simbolicamente na semana da Pátria, às vésperas do sete de setembro,comemoramos o nosso desmazelo com nosso passado, a nossa desídia com o presente. Qual futuro teremos? Oh tempos, oh costumes!
O atraso no provimento de recursos financeiros foi propiciado pelas eleições desse horroroso ano. Em ano de eleições, há uma política de desídia pública, tudo se posterga. Até que o fim propiciado por tragédia anunciada jogue a derradeira pá de cal. Choremos. Pois somos a plateia de uma ópera bufa.
Rendo aqui minha sincera e humilde homenagem aos inúmeros profissionais que lutaram até onde podiam, que empenharam suas vidas e suas almas em prol no que acreditavam ser importante e inestimável à pátria brasileira que hoje fica menos garbosa e mais entristecida.
Somos fuzilados pela traição, tal qual Quaresma na obra de Lima Barreto, por falta de patriotismo e principalmente pela ausência de consciência.
"A consciência é uma garrafa vazia num oceano de afetos em maremoto".
Nietzsche