DO LADO AVESSO
Neste instante gostaríamos de expor um tema que parece incomodar a muitos. Desse modo é de se indagar se já nos olhamos do lado avesso. Há que se verificar o nosso próprio mundo interior! Ademais poder compreender se as coisas estão no lugar que deveriam. E então nos perguntamos: “afinal qual é o problema de boa parte das pessoas? Não é raro, por exemplo, abrirmos o jornal e nos depararmos com notícias de violência, de maldades. Apontamentos esses que parecem transparecer um furor maligno. Já ouvimos alguém dizer por aí figurativamente que se torcermos um jornal de papel de um lado para outro – restarão “lágrimas e sangue”. Alguém pode até captar tal situação com certa comicidade, mas não! Isso na verdade é algo seríssimo e cada vez mais pode estar perto de nós. É realmente uma cultura de guerra, de intolerância, de crueldade que por vezes habita a mente de algumas pessoas que alienadas não medem esforços, um só instante, para se insurgir contra o outro, mesmo que seja o seu ente querido mais próximo. Um mundo pessoal de discrepâncias exorbitantes!
O que nos leva até esse raciocínio, em parte, é o que um dos mais notáveis escritores e psicanalistas brasileiros, Augusto Cury, escreve em seu livro, que “pensar não é uma opção do homo sapiens, pensar é inevitável”. Nessa simples citação percebemos que aquele que diz a alguém que ele é “burro”, interpretamos que tal declaração é deveras inverídica. Neste contexto, Augusto Cury diz que “ninguém consegue interromper a construção dos pensamentos, só lidera-la. O maior desafio do ser humano é dominar seu mundo intelectual”. Por derradeiro ele nos revela que não há grande inovação em pensar, mas há uma provocação especial em saber administrar os pensamentos ou lidera-los. E talvez essa seja uma das chaves para podermos iniciar o aprendizado em conduzir nossos pensamentos. De certo é algo extraordinário desenvolvermos a arte de liderança sobre nós, quando poderíamos entregarmo-nos às vontades que se perfazem a todo momento perante nossos cinco sentidos.
Nessa conjuntura é de se admirar quando alguém, mesmo “contra a parede”, no dia a dia, sabe se postar perante os desconhecidos e principalmente perante aos que se conhece tão bem. Nós temos a tendência de pensar que somos domadores dos que estão próximos a nós, entretanto por vezes não sabemos refrear nem nossos atos ou necessidades desvairadas e sem sentido. Vale a pena contemplar nosso interior individualmente em prol da harmonia. Pensar e agir de maneira que o objetivo final a ser alcançado seja o bem comum. Outrossim é que quando apenas nos deixamos levar pelas emoções inconsequentes, pelas paixões desenganadas e agimos sem a compreensão de um caráter mais humano, provavelmente adotaremos decisões sem fundamentos. E que na maioria das vezes essas atitudes imprudentes causarão danos não somente alheios, mas certamente a cada um no limiar da existência. Está posto nosso desafio - dominarmos a nós mesmos para propagarmos uma tendência de protagonismo de sucesso no grande teatro da vida.