O mal nos une, o bem nos separa
Nós vivemos tempos de miséria humana.
O cidadão correto necessita obrigatoriamente de provar a sua inocência.
Nós podemos dizer que são tempos de inversão de valores.
Quanto mais o homem caminha adiante
Mais ele retrocede no tempo.
A sua inteligência o força a ser submisso às suas invenções.
Dessa forma ele vai se formatando num ser dirigido ao consumo.
A sua sobrevivência social está no seu poder de compra.
Todo o contrário é um ser alheio ao mundo que o rodeia.
Então aqueles que amam as artes fora do contexto da fotogenia e das perfeições assimétricas dos pensamentos induzidos, estão vivendo num mundo à parte.
Progredir rumo ao infinito é um dever maior criado pelo "eu" politicamente e socialmente correto.
A nossa objeção ao caminho traçado não é considerado "humano".
Somente não perecemos precocemente às objeções criadas e debatidas diariamente em nossa mente porque o amor reúne as duas vertentes,
a existencial e a imaginativa de forma que aceita-se o ser vitorioso e o ser derrotado dentro de nós mesmos, muitas vezes, num mesmo segundo. O que seguir adiante, será responsável perante si.
Quando nos debatemos nessas considerações com mais tempo, enaltecemos o tempo de permissão percorrido.
Pena que cada um tem um tempo diferente de percepção do seu amor fraternal.
Alguns levam a vida inteira para o descobrir, até o minuto final.
Outros, sequer descobrirão.
Mas, aqueles que, talvez elevados pelo dom do espírito santo, atingem um estágio peculiar (alma exposta) estão ao gozo da liberdade de Deus.
Que requer mais conhecimentos, mais razões do que emoções.
Ser fiel ao seu ser requer humildade e caridade, humildade está que nunca será submissão aos caprichos do homem.
Caridade que é ação e nunca reação.
Se nós sentimos pena é porque já somos apenados pelos nossos egoísmos e as nossas vaidades. Não somos mais donos de si mesmos.
Amar é humano.
Saber amar é sobre-humano.