Flávio Tavares, na Ata das nossas artes
O pintor Flávio Roberto Tavares de Melo, mais conhecido pelo nome de Flávio Tavares, nasceu da procriação do seu pai, o cientista médico Arnaldo, com sua engenhosa mãe Dona Otaviana, na Capital paraibana; criou-se, no dia a dia, no curso mais do que particular do seu genitor Professor Arnaldo Tavares, sobre paisagens, bico de pena e retratos, quando também foi instruído pela sabedoria pictórica do mestre amigo Raul Córdula e do saudoso artista plástico Hermano José.
Loquaz, fala pelos cotovelos e também trabalha. Mas, quando bate papo, diz sobre tudo e sobre todos, levando-nos à imaginosa galeria, à divertida ópera ou à comédia da nossa sociedade. Enfim, é gostoso estar numa roda de conversa com Flávio. Por isso, tem tido pouco tempo a tantos convites, sempre alegando estar viajando a Maceió, terra da sua sogra, mãe de Alba. Ou preso em casa, entre escadas, andaimes e cavaletes, providenciando a encomenda de um grande painel. Ele pinta em tudo: pano, madeira, papel, tela, pedra, e até em pedaços de árvore, de telha, ou de velhos e enormes tijolos achados nas escavações, como o dos jardins da Academia Paraibana de Letras, em que me presenteou um expressivo rosto de uma bela mulata, com brincos, colar, batom e tudo...
Agora, depois de inúmeras exposições nacionais e internacionais, apresenta A Linha do Tempo, onde dá forte e enérgica sacudida na nossa história, traduzindo, como se fosse na linha do tempo, em lindas cores e traços, a angústia política que todos nós sofremos. Conhecedor da História da Literatura e da Pintura, inspira-se na Divina Comédia, no Rio do Esquecimento ou Rio Lete, na Barca de Caronte, no cachorro Arcus, nos banquetes e tribunais da vida, no contraste de luz rembraniano, retratando exploradores e explorados, perseguidores e perseguidos, julgadores e julgados, aparamentados e descamisados, castas e párias, corruptos e honestos, enfim, a atual realidade brasileira. Visão que desagrada os da rive droite (margem direita) e agrada os da rive gauche (margem esquerda) do Rio Sena. A unanimidade tenha paciência e compreenda que o artista, que compõe, canta, dança, escreve, teatraliza, esculpe e pinta, goza liberdade ad absurdum para fazer aquilo que sente...
O pintor Flávio Roberto Tavares de Melo, mais conhecido pelo nome de Flávio Tavares, nasceu da procriação do seu pai, o cientista médico Arnaldo, com sua engenhosa mãe Dona Otaviana, na Capital paraibana; criou-se, no dia a dia, no curso mais do que particular do seu genitor Professor Arnaldo Tavares, sobre paisagens, bico de pena e retratos, quando também foi instruído pela sabedoria pictórica do mestre amigo Raul Córdula e do saudoso artista plástico Hermano José.
Loquaz, fala pelos cotovelos e também trabalha. Mas, quando bate papo, diz sobre tudo e sobre todos, levando-nos à imaginosa galeria, à divertida ópera ou à comédia da nossa sociedade. Enfim, é gostoso estar numa roda de conversa com Flávio. Por isso, tem tido pouco tempo a tantos convites, sempre alegando estar viajando a Maceió, terra da sua sogra, mãe de Alba. Ou preso em casa, entre escadas, andaimes e cavaletes, providenciando a encomenda de um grande painel. Ele pinta em tudo: pano, madeira, papel, tela, pedra, e até em pedaços de árvore, de telha, ou de velhos e enormes tijolos achados nas escavações, como o dos jardins da Academia Paraibana de Letras, em que me presenteou um expressivo rosto de uma bela mulata, com brincos, colar, batom e tudo...
Agora, depois de inúmeras exposições nacionais e internacionais, apresenta A Linha do Tempo, onde dá forte e enérgica sacudida na nossa história, traduzindo, como se fosse na linha do tempo, em lindas cores e traços, a angústia política que todos nós sofremos. Conhecedor da História da Literatura e da Pintura, inspira-se na Divina Comédia, no Rio do Esquecimento ou Rio Lete, na Barca de Caronte, no cachorro Arcus, nos banquetes e tribunais da vida, no contraste de luz rembraniano, retratando exploradores e explorados, perseguidores e perseguidos, julgadores e julgados, aparamentados e descamisados, castas e párias, corruptos e honestos, enfim, a atual realidade brasileira. Visão que desagrada os da rive droite (margem direita) e agrada os da rive gauche (margem esquerda) do Rio Sena. A unanimidade tenha paciência e compreenda que o artista, que compõe, canta, dança, escreve, teatraliza, esculpe e pinta, goza liberdade ad absurdum para fazer aquilo que sente...