Estilo e bom gosto – coisas do passado.
Lembro que em julho de 1957 eu ia com minha mãe à Terra da Garoa e ficava sentada nos bancos de madeira com pés de ferro na Estação da Sé embevecida com a arquitetura maravilhosa, esperando o trem das 7 da manhã.
Encantava-me as pessoas bonitas, elegantes e polidas que desfilavam na gare.
Mulheres e homens vestiam casacões de gabardine até os tornozelos sobre roupas elegantes - Eles terno e gravata, elas tailleurs. Usavam elegantes bolsas e malas de couro...
O destino da viagem nem importava e sim o trajeto rico em detalhes, como se estivéssemos em outro país.
Quando o trem preto e dourado muito bem polido surgia envolto em fumaça era um momento mágico.
O badalar do sino enorme anunciava a partida.
Até o homem que picotava os bilhetes era elegante na sua farda azul marinho com botões dourados e quepe da mesma cor com galões dourados iguais ao que arrematavam as mangas do paletó, e impecável camisa branca de mangas compridas e gravata.
Infelizmente bom gosto e capricho caíram em desuso, pra dar lugar a jeans rasgados.