Santa Inocência
Sinto vontade de reencontrar aquela garotinha ingênua que sonhava e não tinha pesadelo. E quando acordava não sentia medo porque tudo era perfeito, do seu jeito, sem mistério e sem segredo.
Tudo era divertido, mágico e preciso. Qualquer coisa apressava o sorriso, respirava alegria e olhava o mundo com a visão de paraíso. Santa inocência!
Achava divertido correr com o tempo, aproveitava cada momento e descobriu a emoção. Tinha um coração pequeno, sereno e batia que nem melodia dedilhada num violão.
O som era de acalanto, não despertava o pranto e nas notas da letra podia-se ouvir poesia. Brincava com a felicidade de amarelinha, errava sempre quando jogava a pedrinha, não desistia de nada, pois o limite não conhecia.
E de repente desapareceu, deixou fragmentos de uma história, partiu sem querer voltar e só existe em minha memória.