O BAFO

O BAFO

O destino da honra e a dignidade dos sonhos no entendimento humano faz a tolerância pueril de suas reflexões a mais ativa dos poetas do plenário.

Sua moral na maioria quase perfeita em uma sociedade em frangalhos sem os limites da sua razão.

Simplesmente um contrato entre os poetas em seus discursos de utopia da desigualdade.

Além da Babel q se instalou no país. que lhes interessa é o voto de qualquer peregrino perdido na estrada real além do mal de sua espécie tendo apenas fábulas sujeitas as orgias do seu eu diabo. Como p exemplo:

"Um homem fora açoitado dentro de seu carro de luxo. Em suas horas de folga era ministro, agiota e falador, por isso virou poeta culto de plenário,

Padrinho de casamento arranjado, amante de prostitutas de luxo, visitante assíduo de prisões.

Jamais teve uma partícula: de amor,sabedoria, fé, alegria e de beleza. Sua alma era acoitada por uma inteligência atroz.

Quanta a honra e tais poetas daí nos porradas, pois o ser humano pode na maior das hipóteses desculpar um agravo, mas perdoar jamais.

A honra atravessa as Almas pela hora seis incontida vai em direção aos cabarés e os melindrosos poetas de plenário que na maioria se enfeitam de mulheres vulgares com supercilios longos em um eterno carnaval. Em um imenso casarão subscrito a honra la dentro de portas fechadas sob as vigas suspensas faz um terremoto q sacode tudo eles porém dançando e cantando seguem suas orgias.

Nas montanhás as árvores sem folhagem gemem ao verem um punhal cravado em uma pobre bananeira q grita sua dor e nesse dia a terra de Vera apodrecida girava sobre seu eixo podre.

A honra, passado e presente dos nobres "poetas" q rente a cova do povo ouve se urros e um cheiro de vinho azedo revira o ar.

O alvo seria seus passos e nos umbrais da porta uma forca de corda de nylon sustenta uma cedula de real, fora apenas q sobrou.

Vestida de Preto no plenário a honra vibra com a dor de todo um povo.

Uma bruxa voa rumo ao palacio dos juizes que se embreagam com conhaque de canela.

Neste momento respiram, mas talvez nao amanha.

O povo sorve o veneno q sai da garganta de um juiz moribundo.

Sossegada a honra como deusa de papél voa junto aos poetas do plenário abrem fuga desordenada pelos corredores da casa do povo em chamas q perseguem os "nobres" poetas do plenário com seus poemas sem rimas e de versos opacos. Que sujos de lama tomam conta da seção.

Neste momento a honra em vestes maltrapilha passa empurrando um carrinho cheio de cedulas de cor encardida, eles vibram e gritam como loucos.

No rochedo do Olimpo escarlate os poetas e a honra dançam nus. Um abutre os observa ele se curvam a ele em adoração. Em frente à tribuna uma candeia de luz fosca ilumina a seção, mas sua pobre luz se esvai.

O POVO

Os anseios são as piramides q os consomem.

Imenso contorno de seus corpos sangram.

A praça não tem árvores.

"Para aonde as levaram"?

Pergunta o tronco a raiz.

São os desfavorecidos, surdos e mudos sem voz.

"Para onde fora suas vozes"?

Pergunta um jovem sem tinta na cara.

"Amigos sem amigos, serviçais sem emprego".

Cantam os abutres no Alto da estátua do criador da cidade reta.

Asseclas do inferno despedaçam os infelizes.

A soberba e a luxúria moral dos poetas do plenário inflamam as tribunas. A Honra baila nua sobre o poste da bandeira.

"como estamos todos só."

Grita o estudante sem livros.

Mulheres bêbadas nos botequins com lábios de cera beijam homens em farrapos.

Um cheiro de donzela anda entre os caminhões no posto a beira da estrada.

Entre os cacos de dentes baila o cigarro barato na boca imunda de um velho gordo erguendo um fantasma q assusta a pequena órfã de bermudinha, breve virá seu pavor.

Um pernilongo voa sobre a cabeça tirando o sono do pai q virá sua filhinha partir para tomar banho no posto a beira da estrada.

Em sua rede tosca ele chora seu destino se tivesse uma corda se enforcaria, mas ja esta enforcado por seu destino desempregado.

Vivia como um rato nos bueiros da cidade, a família se perderá entre a fome e a miséria.

Enquanto os gatos gordos ronronavam na casa do povo.

Corpos em um contorcionismo sem músculos e apodrecidos flutuam sobre o lago do índio.

Cadáveres inundam a avenida Brasil.

Crisol
Enviado por Crisol em 27/08/2018
Código do texto: T6431628
Classificação de conteúdo: seguro