Reflexões sobre debate e pesquisa
O filósofo Thomas Hobbes, aquele que disse que o homem é o lobo do próprio homem, disse também que o poder do representante é limitado nos corpos políticos, mas que a soberania é absoluta e ilimitada. Recentemente em pesquisas vimos uma vontade popular confusa, uma vez que um candidato inelegível, absurdamente, lidera a pesquisa. Fora a situação ilusória de um candidato que não é candidato, resta outro liderando, de extrema direita. Saímos da extrema esquerda, de pessoas acusadas de terrorismo no governo militar, para a extrema direita, de quem defendeu medidas extremas em atos de poder. Mas e o povo? Onde está a soberania popular e o verdadeiro dono da República? Há um candidato que diz querer refundar a República, o que parece curioso. O recorde parece de voto branco e nulo, de qualquer forma, o que mostra povo insatisfeito. No mais o recente debate nos faz refletir filosoficamente.
Vamos falar de algo mais objetivo e o que cada candidato tratou em último debate, o qual se deu na RedeTV. Comecemos pelo Bolsonaro. Este disse que é contra o comunismo e a se vender o Brasil, bem como na militarização da escola, onde se restabeleça a autoridade do professor, com disciplina e hierarquia. Também em se privatizar e reduzir o Estado, de modo a facilitar a vida para abrir empresa no Brasil. Disse que se tem de deixar patrão e empregado sejam amigos. No debate com Marina Silva, Bolsonaro lhe perguntou sobre tema de aborto, mas ela rebateu com a crítica de ele estimular crianças a pegarem em armas, numa lição de moral. Falando em Marina, esta mostrou alguma proposta para se igualar situação da mulher no Brasil, mas tratou no tema da previdência social, de modo que sugeriu se passar a regime de capitalização. No mais, Marina veio a defender uma posição mais social. Já Ciro Gomes mostrou propostas mais amplas e estudadas, sendo o candidato mais intelectual, juntamente com Alckmim e Meirelles. Ciro propôs alguns pontos principais, como consumo, emprego, reduzir contas públicas, melhorar comércio exterior, e elogiou por sermos a agropecuária mais competitiva. Também Ciro lembrou de que exportamos petróleo e impostamos gasolina, o que teria de mudar, bem como o tema de milho. Alckmim defendeu o imposto IVA, que seria a reunião de alguns impostos em um só, bem como promete gerar 10 milhões de empregos. Já Boulos é contra a privatização, e prometeu uma democracia direta, por plebiscitos, e o Cabo Daciolo falou que esses candidatos todos apenas defendem interesses de quem os financia, atribuindo isso a uma conspiradora Nova Ordem Mundial, além de trazer o enfoque religioso para o debate. Daciolo disse que o Brasil é rico e tem dinheiro.
O que mais impressiona nisso tudo é a indecisão popular com relação às eleições, e o descaso da mídia no geral com entretenimentos, deixando de lado a discussão política. Vemos desde culinária até a variedade de passatempos em lugar da cidadania como interesse da mídia. Isso ocorreu também nos EUA e lá a eleição teve reviravolta. Também, vemos que a soberania se vê limitada e que o povo tem de pegar ele mesmo a mão na massa. Temos sim um país rico, mas que tristemente mostra uma grande desigualdade social. Ademais, temos excesso de impostos e uma dificuldade em se gerar emprego. Fato é que nos leva a refletir e a lembrar que vivemos em um sistema constitucional, e que a soberania e a cidadania são fundamentos da República. Temos direito a um país melhor, de acordo com a Constituição. A filosofia idealizou tudo isso, em obras como de Aristóteles, Platão, Hobbes, Maquiavel e tantos outros. Temos de praticar o melhor para todos.
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O filósofo Thomas Hobbes, aquele que disse que o homem é o lobo do próprio homem, disse também que o poder do representante é limitado nos corpos políticos, mas que a soberania é absoluta e ilimitada. Recentemente em pesquisas vimos uma vontade popular confusa, uma vez que um candidato inelegível, absurdamente, lidera a pesquisa. Fora a situação ilusória de um candidato que não é candidato, resta outro liderando, de extrema direita. Saímos da extrema esquerda, de pessoas acusadas de terrorismo no governo militar, para a extrema direita, de quem defendeu medidas extremas em atos de poder. Mas e o povo? Onde está a soberania popular e o verdadeiro dono da República? Há um candidato que diz querer refundar a República, o que parece curioso. O recorde parece de voto branco e nulo, de qualquer forma, o que mostra povo insatisfeito. No mais o recente debate nos faz refletir filosoficamente.
Vamos falar de algo mais objetivo e o que cada candidato tratou em último debate, o qual se deu na RedeTV. Comecemos pelo Bolsonaro. Este disse que é contra o comunismo e a se vender o Brasil, bem como na militarização da escola, onde se restabeleça a autoridade do professor, com disciplina e hierarquia. Também em se privatizar e reduzir o Estado, de modo a facilitar a vida para abrir empresa no Brasil. Disse que se tem de deixar patrão e empregado sejam amigos. No debate com Marina Silva, Bolsonaro lhe perguntou sobre tema de aborto, mas ela rebateu com a crítica de ele estimular crianças a pegarem em armas, numa lição de moral. Falando em Marina, esta mostrou alguma proposta para se igualar situação da mulher no Brasil, mas tratou no tema da previdência social, de modo que sugeriu se passar a regime de capitalização. No mais, Marina veio a defender uma posição mais social. Já Ciro Gomes mostrou propostas mais amplas e estudadas, sendo o candidato mais intelectual, juntamente com Alckmim e Meirelles. Ciro propôs alguns pontos principais, como consumo, emprego, reduzir contas públicas, melhorar comércio exterior, e elogiou por sermos a agropecuária mais competitiva. Também Ciro lembrou de que exportamos petróleo e impostamos gasolina, o que teria de mudar, bem como o tema de milho. Alckmim defendeu o imposto IVA, que seria a reunião de alguns impostos em um só, bem como promete gerar 10 milhões de empregos. Já Boulos é contra a privatização, e prometeu uma democracia direta, por plebiscitos, e o Cabo Daciolo falou que esses candidatos todos apenas defendem interesses de quem os financia, atribuindo isso a uma conspiradora Nova Ordem Mundial, além de trazer o enfoque religioso para o debate. Daciolo disse que o Brasil é rico e tem dinheiro.
O que mais impressiona nisso tudo é a indecisão popular com relação às eleições, e o descaso da mídia no geral com entretenimentos, deixando de lado a discussão política. Vemos desde culinária até a variedade de passatempos em lugar da cidadania como interesse da mídia. Isso ocorreu também nos EUA e lá a eleição teve reviravolta. Também, vemos que a soberania se vê limitada e que o povo tem de pegar ele mesmo a mão na massa. Temos sim um país rico, mas que tristemente mostra uma grande desigualdade social. Ademais, temos excesso de impostos e uma dificuldade em se gerar emprego. Fato é que nos leva a refletir e a lembrar que vivemos em um sistema constitucional, e que a soberania e a cidadania são fundamentos da República. Temos direito a um país melhor, de acordo com a Constituição. A filosofia idealizou tudo isso, em obras como de Aristóteles, Platão, Hobbes, Maquiavel e tantos outros. Temos de praticar o melhor para todos.
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