O COCO
(Cr/02)
     
     Saiu, de uma abertura em forma de círculo, de um coco, ainda verde, pendurado no galho da primavera florida, uma pequena abelhinha grafite, dessas que são dóceis, delicadas, leves e pousam na gente quando sentem um cheiro de perfume corporal o/ou de creme de rosto que chegam a se emaranharem nos cabelos sem zumbido, contrário de uma abelha que possui ferrão. Tão logo isso presenciei balancei o coco para ver se haviam outras pois me ocorreu que, ao invés de um passarinho fazer ninho, poderiam as abelhinhas grafites, terem escolhido o coco para sua futura colmeinha.  Não foi dessa vez que poderia ter sido uma fantástica descoberta sobre um inseto que mudaria a maneira de se procriar e viver. "Urbano Viver." Enfim, a ideia está entre os galhos e flores da primavera que colore retinas, junto ao bebedouro dos pássaros que, todas as manhãs, salpicam ainda mais o jardim suspenso, externo, não da Babilônia, mas o do reduto das minhas horas vazias, plenas junto ao imenso azul da Baía de Guanabara, quando existe sol.
     
edidanesi
Enviado por edidanesi em 26/08/2018
Reeditado em 26/08/2018
Código do texto: T6430361
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.