BOLA DE GUDE
A nostalgia é sempre reveladora!
Pena não nos permitir reavivar todas as coisas!
Grandes ensinamentos em pequenos gestos, tão simplórios visto de longe, mas não é bem assim...
A existência é a própria filosofia!
Não parecia um jogo, talvez muito maior que isto!
Uma terapia de menino para viver sorrindo...
A concentração tinha de ser primordial, a meta era acertar!
Idêntico é a vida que não permite furos!
Depois vinha o deslumbre!
Cada uma mais bonita que a outra!
Existia um multicolorido misturado a uma transparência, e depois uma opacidade com o uso!
Pequenas lascas criadas pelo encontro!
A vontade de ter mais uma com a conquista da luta!
Algumas pareciam conter o universo por dentro!
Difícil descrição!
Idêntico são as pessoas talvez!
Toda criança tem o prazer contido em sí, que vai perdendo aos poucos!Onde o pouco e muito,ou são uma coisa só!
Houve disputas inesquecíveis, que não morreram com tempo!
O estalido era o som da vitória em cima de cada uma, idêntico ao beijo, mostra o quanto chegamos perto, ou colamos!
Um risco no chao, a distância, a mira e a força, um olho fechado e o outro aberto!
Estratégias!
Não era preciso ver o todo,apenas numa direção!
Lembro que este jogo me ensinou mais do que tudo, foi quando minha esfera caiu em um bueiro e precisei enfiar a minha pequena e frágil mão para pegá-la, enquanto eu esticava o braço, mais longe parecia estar,mas não desistia!
O resvalar do braço nas pequenas frestas de ferro mostravam minha fragilidade e força perante a dor,mas ao puxar a bolinha com as pontas dos dedos e trazê-la de volta, me ensinou que conquistar o que se perde exige um pouco mais de sacrifício e dor!
Esta é a tal da esperança não é?
Juntava muitos amigos mesmo antes da partida começar, e andávamos juntos depois de tudo acabar, uns com os bolsos mais vazios que antes, mas não existia uma perda real, apenas um momento que não foi tão bom assim, o amanhã sempre será melhor!
Pensávamos!
Muitos sorrisos e gritos se misturavam...
Quantas coisas me dava e ensinava aquela pequena bola de gude que da minha mão rolava!
( Do meu livro: Escultor de Frases)
( Conclusão)
( Autor: George Loez)