O BRASIL DO ÓDIO EM RORAIMA
Quando os brasileiros de Roraima tocaram fogo nas roupas dos venezuelanos refugiados estavam exercendo o que foi plantado no Brasil depois do golpe de 2016.
Numa manifestação de ódio, subproduto da imparcialidade da imprensa, a decantada cordialidade brasileira lançou sua ira sobre homens, mulheres e crianças indefesas que, sem rumo, aguardavam uma solução em seu país.
Segundo os institutos de pesquisas, Roraima é um dos poucos estados onde o candidato da extrema direita,Jair Bolsonaro, está na frente. Isso não é coincidência, é prova inequívoca do pensamento fascista de seus eleitores.
Como se sabe, países auto suficientes em petróleo têm dificuldades em diversificar a economia em outro campo. Sendo assim, importam quase tudo o que consomem. Como os EUA são contrários ao Chavismo, intensificam uma campanha de desabastecimento naquele país.
Os refugiados atravessam a fronteira com o Brasil atrás de ajuda para alimentar seus filhos, assim como fazem os sírios na Europa, procuram um alento para a crise momentânea. Se houvesse governo no Brasil, a diplomacia prevaleceria sobre a violência, mas esse governo é um PÁRIA e deixou claro quando não cumpriu liminar da ONU no caso de Lula.
"Prefiro morrer de fome na Venezuela do que ser agredida aqui", disse a refugiada com o filho no colo; "Nos trataram como cachorros", indignava-se um senhor. Esse é o retrato de um lado do Brasil, o lado da violência, da incapacidade de acolher, da xenofobia, da intolerância, o lado dos golpistas e dos paneleiros.
Ricardo Mezavila.