Como se fosse possível
Saia da janela! Gritava a mãe para a menina que curiosa ficava a ver tudo por cima e numa miudeza engraçada. Pessoas, carros e até bichos de estimação numa escala mínima, se movimentando sem parar. E os olhos compridos a percorrer expressões corporais, e principalmente, a espiar inadvertidamente para almas que flutuavam sem saber o porquê.
A mãe insistia com a menina. Então, fechou a janela emburrada, sentou-se no sofá que era duro e não confortável e, ligou a televisão. Na pequena telinha novamente, via-se tudo por cima, por distanciamento... pelos helicópteros, pelas fotografias apartadas das tragédias locais.
Mas, a janela tinha amplidão, tinha o azul do céu, as nuvens engraçadas a nos sugerir na imaginação mil gênios e fadas. Mas, a menina não acreditava mais em gênios dentro de garrafas mágicas, tapetes voadores e nem mesmo em fadas. Ela estava crescendo e novos panoramas se apresentavam. Nem todos decifráveis. Há um enigma na janela.
Em abrir a janela, em abrir-se para a realidade. E, em fechá-la, se separando de tudo de lá de fora. Como isso fosse realmente possível.
Saia da janela! Gritava a mãe para a menina que curiosa ficava a ver tudo por cima e numa miudeza engraçada. Pessoas, carros e até bichos de estimação numa escala mínima, se movimentando sem parar. E os olhos compridos a percorrer expressões corporais, e principalmente, a espiar inadvertidamente para almas que flutuavam sem saber o porquê.
A mãe insistia com a menina. Então, fechou a janela emburrada, sentou-se no sofá que era duro e não confortável e, ligou a televisão. Na pequena telinha novamente, via-se tudo por cima, por distanciamento... pelos helicópteros, pelas fotografias apartadas das tragédias locais.
Mas, a janela tinha amplidão, tinha o azul do céu, as nuvens engraçadas a nos sugerir na imaginação mil gênios e fadas. Mas, a menina não acreditava mais em gênios dentro de garrafas mágicas, tapetes voadores e nem mesmo em fadas. Ela estava crescendo e novos panoramas se apresentavam. Nem todos decifráveis. Há um enigma na janela.
Em abrir a janela, em abrir-se para a realidade. E, em fechá-la, se separando de tudo de lá de fora. Como isso fosse realmente possível.