A San Martí, o libertador



          O Consulado Argentino, em Recife, através de luxuosos papéis, tem como especial convidado o Governador Ricardo Coutinho, por ocasião do “168º aniversário do Libertador Dom José de San Martí”. Se todos nós desejamos a tão preciosa liberdade, quanto merecimento a um cidadão para ser chamado, por vários povos, de “o libertador”. A Paraíba, por sua vez, tem se tornado simpática aos olhos dos argentinos: montou estratégias econômicas, aproveitando as conquistas vitoriosas do Mercosul; intensificou o turismo daqueles “nuestros hermanos”, com a Gol, favorecendo voos diretos João Pessoa - Buenos Aires – João Pessoa; e, para coroar esse relacionamento exitoso, firmou convênio com o Cônsul Alejandro Funes Lastra para professores e estudantes do Gira Mundo, deste Estado, conhecerem, de perto, a estrutura, o sistema e o funcionamento da educação, no país que, juntamente com  Cuba e Chile, deram exemplo de como universalizar a alfabetização a todos cidadãos e cidadãs.
          A América Latina, de colonização espanhola, é farta em ter líderes latinos que passaram além de suas fronteiras, na luta pela independência, contra a qual, os soldados espanhóis foram muito mais cruéis, trucidando “inconfidentes”, do que os portugueses a observarem nosso “grito de independência”, às margens do Ipiranga. Nesse cenário, o argentino San Martí foi além das fronteiras argentinas, também como protagonista da liberdade no Peru e no Chile, tornando sua pátria e esses vizinhos independentes do jugo colonizador.
          Na época, as lojas maçônicas eram ambiências desses idealistas libertários das colônias espanholas na América do Sul... Destaca-se também o revolucionário Simon Bolívar, companheiro de San Martí nessas lutas, a quem se deve a independência da Venezuela que, depois de tanto tempo, é ameaçada por forças alienígenas a ser, mais uma vez, invadida... A história se repete? Não, apenas a permanente cobiça sobre os países latinos, vítimas de golpe, atrai invasores das nossas riquezas e, sobretudo, do petróleo. Para isso, mídia, navios e aviões estrangeiros espiam nossos mares, matas e cultura, maquinando novamente matar o imortal San Martí.