VELHO E ETERNO (Phellipe Marques)
Viajante dos espaços inacabados, trôpego e embriagado, valente e consagrado pelo amor que me ensinaste a propagar, consumir nas horas de ausência e tristeza.
Plenitude da sinfonia que acompanha meu caminho.
Canção do sentir além.
Notas de um alcance desconhecido que protegem a velha casa do meu coração do egoísmo e do desamor.
Meu tamanho se expande!
Minha vida se amplia!
Meu ser se transforma enquanto escrevo estes versos!
Faço-me límpido!
Torno-me eterno!
Vivo, honesto, essencial!
Afinal, o que seria de mim sem o teu amor?
Sem a honra de ter alcançado a terra pura?
Sem os velhos sonhos de outrora?
Não haveriam os versos do poeta.
Nem mesmo o pino de luz que me ilumina enquanto ator que vive vidas e preenche sonhos.
Descobri a missão ou talvez fui descoberto por um propósito maior: iluminar o coração dos seres deserdados de luz.
Mesmo que ninguém me leia...
E a voz não alcance...
E o verso não cresça...
E o frio me aqueça...
Permaneço iluminado.
Aceite o meu pedido:
Permaneça farol!
Faça-me farol, velho e eterno.