SAIR DA JANELA?  NEM MORTA! (BVIW)
 
A moça olhou para porta e pensou... Porta aberta/porta fechada. Que importância faz... Se por ela, ninguém entra, ninguém sai... E foi cismar na janela... E cismou sobre sua vida besta, sobre o tempo e quis saber se passamos nós ou passa o tempo. Então, lembrou=se que já leu qualquer coisa a esse respeito, um ensaio cujo  título era “O tempo não passa. Passamos nós ”, onde o autor (Levi Santos) afirma que o homem com a sua capacidade criativa desenvolveu fórmulas para “encaixotar o tempo em calendários astronômicos e lunares. E numa tentativa de dar forma a mudança dos dias iguais, englobou o girar constante do tempo em semanas, meses, anos, décadas, séculos e milênios. Quis transubstanciar o vazio do nada, lhe dando “carne e ossos” para chamá-lo de “tempo”. Na sua inconstância a moça de vida besta deixou o tempo pra lá e se pôs a imaginar o que a levava muitas vezes a não aceitação da realidade, a fascinação que tinha pelo sonho, o sonho dito acordado e que a levava ao mundo da fantasia, permitindo-lhe “supor que o corpo sonha porque é ele quem deseja fazê-lo sonhar”. Daí o processo imaginativo atuava sobre ela e quando confrontado com a realidade sofre o impacto da não aceitação. Então, fica se debatendo  e se perdendo em sonhos vazios e a se lamuriar, = sempre na  janela  = esperando a banda passar...
Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 15/08/2018
Reeditado em 15/08/2018
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